O agora ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (2). A decisão veio após denúncias sobre fraudes no INSS que teriam causado um prejuízo estimado em até R$ 6,3 bilhões. Lupi enviou uma carta ao presidente Lula explicando sua saída.
Na carta, ele fez questão de deixar claro que não teve o nome citado nas investigações em andamento. “Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso”, escreveu o ex-ministro. Ele também disse que sua pasta sempre apoiou as apurações dos órgãos de controle.
O contexto das fraudes
Essas investigações miram descontos que não deveriam ter acontecido em aposentadorias e pensões do INSS. O período em foco vai de 2019 a 2024, e o estrago nas contas públicas seria bilionário, chegando aos R$ 6,3 bilhões estimados. O escândalo veio à tona e gerou grande repercussão.
É bom lembrar que Lupi foi quem indicou Alessandro Stefanutto para a presidência do INSS. Stefanutto foi demitido no último dia 23 e, sim, ele é citado nas apurações sobre os desvios. Isso mostra como o caso está interligado.
Mesmo fora do ministério, Carlos Lupi garantiu que vai continuar de olho nos próximos passos do caso. Ele prometeu colaborar com o governo para ajudar a recuperar o dinheiro que possa ter sido desviado. Afinal, quem quer ver o dinheiro dos beneficiários sumir?
Troca de comando e agradecimentos
Antes de se despedir, Lupi fez questão de agradecer o pessoal que trabalha no INSS e no Ministério da Previdência. Ele chamou esses profissionais de “Homens e mulheres que sustentam, com dedicação, o maior programa social das Américas”. Um reconhecimento importante, não é?
E quem assume o posto? A vaga deixada por Lupi já tem dono: Wolney Queiroz. Ele já atuava como secretário-executivo do ministério. A troca de comando deve ser oficializada ainda hoje em uma edição extra do Diário Oficial da União.