O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu hoje o julgamento que pode tornar inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com um placar parcial de 3 votos a favor da condenação e apenas 1 voto divergente, a sessão será retomada amanhã para prosseguir com as deliberações.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, interrompeu a votação no momento em que três ministros haviam se manifestado pela condenação de Bolsonaro, enquanto apenas um ministro apresentou voto contra.
Até o momento, votaram pela condenação os ministros Benedito Gonçalves, relator do processo, Floriano Marques e André Ramos. O ministro Raul Araújo foi o único a divergir.
A sessão de amanhã, marcada para as 12h, contará com a participação da ministra Cármen Lúcia e dos ministros Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes, que preside o tribunal.
Se pelo menos mais um ministro votar pela condenação, Bolsonaro será considerado inelegível por um período de oito anos. Essa inelegibilidade se estenderá até outubro de 2030, completando oito anos de punição contados a partir do último pleito eleitoral disputado.
As acusações que recaem sobre Bolsonaro incluem abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação social, relacionadas à sua participação em uma reunião com embaixadores de outros países no Palácio do Planalto. Durante o encontro, o então presidente atacou o sistema eleitoral e as instituições democráticas do Brasil, sem apresentar provas que sustentassem suas declarações.
O julgamento no TSE segue os procedimentos estabelecidos pelo tribunal, pautando-se pela imparcialidade e análise dos fatos apresentados. A decisão final será tomada pelo conjunto dos ministros, após a conclusão do julgamento.
A suspensão do julgamento gera expectativas e incertezas em relação ao futuro político de Jair Bolsonaro. A retomada das votações amanhã será acompanhada atentamente pela sociedade e pelos atores políticos, tendo em vista que o resultado terá repercussões significativas no cenário eleitoral brasileiro.
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