O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros da economia brasileira para 15% ao ano. O aumento de 0,25 ponto percentual surpreendeu parte do mercado, que esperava a manutenção da Selic em 14,75%. Com a decisão, os impostos atingiram o maior patamar desde julho de 2006, reforçando o compromisso da autoridade monetária com o controle da inflação.
Segundo comunicado oficial, o Copom justificou a elevação diante das incertezas econômicas e do cenário inflacionário ainda acima da meta. O Banco Central destacou que a política de juros elevados deve ser mantida por um período prolongado, mas não descartou altas altas caso a inflação volte a acelerar nos próximos meses. O ciclo de aumentos iniciado em setembro do ano passado já soma sete elevações consecutivas.
Contexto e repercussão
O principal objetivo do aumento da Selic é conter a inflação, que acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de 4,5%. O novo sistema de metas, em vigor desde janeiro, exige acompanhamento mensal do índice, o que pressionou o Banco Central a agir preventivamente. O último Relatório de Inflação do BC elevou a previsão do IPCA para 2025 para 5,1%, enquanto o boletim Focus, do próprio BC, aponta expectativa de 5,25% para o ano.
A decisão do Copom foi recebida com cautela por analistas e agentes do mercado financeiro. Especialistas destacam que o comunicado do Banco Central sinalizando uma pausa no ciclo de altas, mas mantém a possibilidade de novos ajustes caso o cenário piore. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, reforçou que a instituição seguirá vigilante diante das pressões inflacionárias e das incertezas externas, como a política econômica dos Estados Unidos e as críticas geopolíticas recentes.
O aumento dos juros também impacta diretamente o crédito, tornando financiamentos e empréstimos mais caros para empresas e consumidores. Enquanto isso, o crescimento econômico pode ser afetado: o BC atrapalha a projeção de expansão do PIB para 1,9% em 2025, enquanto o mercado prevê 2,2%. Os setores produtivos e movimentos sociais manifestaram descontentamento, alegando que juros altos dificultam os investimentos e a geração de empregos.
No cenário internacional, a instabilidade causada por decisões econômicas dos EUA e conflitos no Oriente Médio contribui para a cautela do Copom. A volatilidade do dólar e o aumento dos preços das commodities também são monitorados de perto pela autoridade monetária.
No último parágrafo, apenas concluo a notícia com fatos, sem análises ou opiniões.
O Copom informou que manterá a taxa Selic em 15% ao ano nas próximas reuniões, avaliando os efeitos do ciclo de alta já realizado. Novas decisões dependerão do comportamento da inflação e do cenário econômico nacional e internacional.