A COP30, que ocorre em Belém, no estado do Pará, tem enfrentado desafios significativos relacionados à desinformação e manipulação de conteúdos nas redes sociais. Durante a primeira semana do evento, o jornal O Globo destacou que notícias falsas têm circulado amplamente, com perfis de oposição ao governo brasileiro veiculando informações distorcidas, imagens e vídeos gerados por inteligência artificial.
De acordo com um levantamento de dados, mais de 1.114 publicações foram consideradas falsas já no primeiro dia da cúpula. A plataforma de inteligência artificial Tistto analisou cerca de 10 mil postagens em redes sociais como TikTok, Instagram e X, identificando conteúdos fraudulentos que vão desde catástrofes inventadas até manipulações envolvendo figuras públicas.
Os exemplos incluem vídeos que associam a chegada da COP30 a tornados no Paraná, imagens artificiais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em situações absurdas e postagens que simulam brindes em situações de luxo. Esse cenário de desinformação ilustra a rapidez com que conteúdos falsos podem ser disseminados, especialmente em eventos de grande relevância internacional.
Além das fake news, a cúpula também enfrenta críticas sobre a sua infraestrutura e a utilização de energia. Problemas, como falhas no ar-condicionado, e preocupações sobre o uso de combustíveis em geradores de energia foram destacados por influenciadores e parlamentares. A Petrobras, em resposta, informou que utiliza diesel com 10% de renovável, em um esforço de sustentabilidade.
Frente a esses desafios, a COP30 lançou o “Pacto Global pela Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas”, uma iniciativa destinada a combater a desinformação e assegurar a confiança nas informações climáticas. Esse pacto indica uma tentativa de coordenar esforços entre governos e organizações internacionais no enfrentamento da disseminação de notícias falsas, promovendo um ambiente de diálogo mais esclarecido e confiável para as discussões climáticas.