A infectologista Ceuci Nunes, presidente da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (BahiaFarma), anunciou que não será candidata nas eleições de 2026. Ela explicou que prefere dedicar-se aos compromissos já assumidos à frente da farmacêutica pública.
Por que decidiu não concorrer?
Ceuci disse que muitos acordos e projetos exigem continuidade. Há parcerias assinadas com o Ministério da Saúde, universidades e outros parceiros nacionais e internacionais, e ela não quer interromper esse trabalho. O foco principal é consolidar a capacidade da BahiaFarma para produzir medicamentos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Estou gostando muito do que estou fazendo. Minha prioridade agora é cumprir esses compromissos da BahiaFarma. Temos compromissos assinados com o Ministério da Saúde, com as universidades, com parceiros nacionais e internacionais que não quero interromper. Então assim, não está na minha perspectiva essa questão de candidatura neste momento
No pleito de 2022, Ceuci Nunes obteve 36.992 votos, com mais apoio em Salvador e em Amargosa. Apesar do bom desempenho nas urnas, ela descartou participar da disputa de 2026.
Em 2024 seu nome chegou a ser cotado para a vaga de vice na chapa liderada por Geraldo Jr. (MDB). Segundo apuração, ela recebeu pressão de lideranças do PT, entre elas o senador Jaques Wagner e o deputado federal Jorge Solla, mas preferiu recusar o convite. A vaga foi ocupada pela secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis (PT).
Trajetória e próximos passos
Ceuci teve papel de destaque no período mais crítico da pandemia de Covid-19, quando comandou o Instituto Couto Maia, referência em doenças infectocontagiosas. Foi também coordenadora nacional do movimento Médicas e Médicos pela Democracia e chegou a ser cotada para a Secretaria da Saúde do Estado, cargo que acabou ficando com Roberta Santana.
Por enquanto, a decisão está tomada: ela manterá o compromisso de seguir à frente da BahiaFarma para executar os projetos já firmados e ajudar a estruturar a produção de remédios para o SUS. Não há anúncio de nova movimentação política para 2026.