Cartão de crédito rotativo: governo anuncia medidas para solucionar problema

O governo federal deve anunciar até o final desta semana um pacote com 14 medidas para estimular o crédito no país, anunciou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O objetivo do pacote é impulsionar a economia brasileira e ajudar a população a superar os impactos econômicos causados pela pandemia da Covid-19.

Entre as medidas anunciadas, está a revisão dos juros do cartão de crédito rotativo, que tem prejudicado principalmente a população de baixa renda. Segundo Haddad, muitos consumidores que estão no Serasa devem essa dívida ao cartão de crédito. O ministro afirmou que o governo pretende encontrar uma solução negociada com os bancos para solucionar o problema, assim como ocorreu com os juros do crédito consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O Banco Central (BC) já havia limitado a 30 dias a cobrança do rotativo do cartão de crédito em 2017. Em caso de inadimplência do cliente após esse prazo, o banco deve parcelar o saldo devedor ou renegociar o débito com taxas mais vantajosas para o devedor. No entanto, em fevereiro deste ano, a taxa dos rotativos subiu 6 pontos percentuais, atingindo 417,4% ao ano, de acordo com os dados mais recentes do BC.

As outras 13 medidas anunciadas pelo ministro ainda não foram divulgadas. No entanto, ele garantiu que o objetivo é estimular o crédito e ajudar a impulsionar a economia brasileira. O anúncio do pacote de medidas acontece em um momento em que muitos brasileiros enfrentam dificuldades financeiras e o crédito se tornou uma alternativa para quem precisa pagar contas e comprar produtos.