Em conversa com apoiadores nesta quinta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o “excesso” de professores no país “atrapalha”. Para ele, o Estado teria sido “inchado” depois que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fez um concurso para 100 mil profissionais da educação.
Antes, Bolsonaro comemorou que não existem mais “livros que os pais não gostariam que os filhos tomassem conhecimento na escola”. Disse: “Não é pouca coisa, não”. Em resposta, um de seus apoiadores afirmou que “tem muito comunismo na escola”. Bolsonaro, então, declarou:
“A Dilma fez um concurso pra 100 mil na edução. Não vou entrar em detalhes aqui, mas o Estado foi muito inchado. Não vou dizer que não precisa de professor, mas o excesso atrapalha”, afirmou o atual chefe do Executivo.
Assista ao vídeo no canal Foco do Brasil (20min34s). O trecho sobre os professores está em 4min18s.
https://youtu.be/eNg3011yZzM
O presidente declarou ainda que o país está livre de corrupção desde que ele assumiu a Presidência.
“Você não vê falar em corrupção há 2 anos e 8 meses. Custa caro para mim para caramba. Quem perdeu, o tempo todo te persegue. Se fosse só a mim não tem problema, mas persegue a família, quem está do lado”, disse. “Não acharam nada até agora a meu respeito, mas ficam o tempo todo martelando.”
Na 3ª feira (14.set), um grupo comandado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior enviou à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid um relatório jurídico sobre os supostos crimes cometidos por Bolsonaro na condução da pandemia.
De acordo com o parecer enviado à CPI, o presidente atentou contra a saúde pública, a administração pública, a paz pública e a humanidade e violou medidas sanitárias preventivas. O relatório também diz que Bolsonaro praticou charlatanismo ao recomendar o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19 e incitação ao crime de prevaricação.
