O presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou que o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciasse uma ação penal com o objetivo de investigar o presidente eleito Luiz Lula da Silva (PT) e a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, por crimes que teriam sido cometidos contra a sua honra.
Bolsonaro cita acusações feitas pelos petistas contra ele, o que considera “fatos definidos como crime”.
O presidente relembra que, no passado, já foi chamado de “genocida, miliciano, assassino, demônio e canibal”, e diz que Lula e Gleisi tiraram proveito de eventos e da divulgação gratuita na propaganda eleitoral para atacar sua imagem em diversas ocasiões.
O documento cita um vídeo de um comício em que Lula atribui a Bolsonaro o assassinato da vereadora Marielle Franco e associação com milicianos.
Também se refere a uma postagem que Gleisi Hoffman, nas redes sociais em setembro, onde ela alegaria que Bolsonaro seria o responsável pelo assassinato de Benedito Cardoso dos Santos.
Benedito, apoiador de Lula, morreu em setembro deste ano após uma discussão política com um colega de trabalho que seguia o atual presidente.
O requerimento, assinado pelo diretor-geral da Polícia Federal Márcio Nunes de Oliveira, foi enviado à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, na sexta-feira (25).
O ministro Nunes Marques, indicado pelo presidente Bolsonaro ao STF, foi designado para ser o relator do caso. Após o contato, o PT disse que se pronunciará dentro do processo.
