Esta semana a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou uma decisão que altera parte das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) no Lote 2F, o trecho entre Ilhéus e Caetité, na Bahia. A mudança, formalizada em agosto pela decisão Sufer nº 168, atualizou o artigo 2º da autorização original — a autorização nº 37, emitida em fevereiro.
Uma das novidades mais relevantes foi a inclusão de um segmento ferroviário de 16,687 quilômetros que não constava no planejamento divulgado em fevereiro. Além disso, dezenas de intervenções menores tiveram seus pontos quilométricos revedidos.
O que muda na prática?
E o que isso significa no dia a dia das obras? Em linhas gerais, a decisão:
- Inclui o novo segmento de 16,687 quilômetros no escopo;
- Reclassifica a localização de passagens veiculares, passagens em nível, ligações de estradas vicinais e até uma passagem de gado;
- Mantém estruturas maiores já previstas — como a ponte sobre o Rio das Pedras e dois viadutos ferroviários —, mas reorganiza o projeto;
- Amplia o pacote de serviços para incluir infraestrutura e superestrutura, construção de pátios de cruzamento, remanejamento de linhas de transmissão e a edificação de seis pontes e um viaduto sobre a BR-116.
A autorização original atribuía a execução das chamadas “Obras Complementares” à subconcessionária Bahia Ferrovias S.A., cobrindo municípios como Manoel Vitorino, Jequié, Itagi e Aiquara. A responsabilidade permanece com a subconcessionária, mas o desenho e o alcance de algumas intervenções foram reconfigurados.
Por enquanto, os documentos publicados não trazem prazos de execução nem indicam os próximos passos processuais. Em outras palavras: há clareza sobre o que foi ampliado, mas não sobre quando cada etapa deve começar ou terminar.
Se você acompanha o projeto, vale ficar atento às próximas publicações da ANTT: as mudanças no mapa de obras podem afetar cronogramas locais, obras viárias e circulação nas comunidades ao longo do traçado.