O advogado André Sica, representante do escritório CSMV, tem auxiliado o Esporte Clube Vitória na criação do modelo de SAF. Em entrevista ao canal BAR FC, no YouTube, Sica destacou o impressionante patrimônio do clube como um ponto chave no processo.
Com experiência na implementação de SAFs em clubes como Bahia, Cruzeiro e Red Bull Bragantino, Sica visitou a estrutura do Vitória e ficou bastante impressionado. Ele afirmou que o clube é autossustentável, o que exige um cuidado especial na transição para a Sociedade Anônima de Futebol.
A base sólida do clube
“Começa que é uma casa que está muito bem. Não é uma casa que você vai falar ‘olha, pô, vai chegar lá, terra arrasada’”, comentou Sica. Ele acrescentou que o estado atual do clube já é positivo. Além disso, a dimensão do patrimônio é algo que o surpreendeu profundamente.
Sica relembrou um convite do presidente Fábio Mota antes mesmo de iniciarem as conversas formais. Mota insistiu que ele conhecesse o complexo do clube primeiro. “Você tem que, antes de qualquer coisa, você tem que entender o que é o Vitória”, teria dito o presidente, sugerindo que o Barradão é apenas parte do todo.
Ele descreveu a área como “200 mil metros quadrados no meio de Salvador”. Segundo Sica, o Vitória, além de ser uma marca forte e uma potência em uma grande cidade, possui uma situação patrimonial que garante anos de solidez. É esse patrimônio que o torna autossustentável.
Essa base sólida torna o trabalho de implementação da SAF um grande desafio. Sica pontuou a necessidade de respeitar a importância de toda a estrutura e história que ele presenciou. O processo, segundo ele, não pode ser conduzido “de qualquer jeito” ou entregue “para qualquer um” sem critério.
Olhando para o futuro, Sica já se refere ao Barradão como “Arena”. Ele indicou que a intenção é transformar o estádio em uma Arena moderna, o que reforça a visão de valorização do patrimônio físico do clube.