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    Política

    Albinen ofereceu 25 mil francos por adulto a quem residisse 10 anos

    Albinen, no Valais (Suíça), ofereceu até 25 mil francos por adulto a quem mudasse o domicílio e residisse por 10 anos, com exigência de investimento no imóvel.

    04/11/2025 às 14:35

    Albinen, uma pequena comuna no cantão de Valais, na Suíça, ofereceu incentivos financeiros para atrair quem aceitasse morar lá e permanecer por pelo menos 10 anos. A ideia era simples: dar um empurrãozinho para conter o esvaziamento e tentar reativar a economia local.

    Como funcionou

    Os pagamentos foram definidos em francos suíços. Na prática, eram cerca de 25 mil francos por adulto (ou 50 mil por casal) e mais 10 mil francos por criança. Além do cheque, havia condições claras: os beneficiários precisavam fazer da vila a sua residência principal, cumprir o período mínimo de dez anos e aplicar ao menos 200 mil francos na compra, construção ou reforma de um imóvel no local.

    Quem pôde participar

    Havia critérios de elegibilidade e garantias. Entre eles:

    • idade máxima de 45 anos;
    • comprovação de financiamento do imóvel;
    • situação migratória regular na Suíça —, em geral, cidadão suíço ou portador de autorização de residência permanente (autorização C).

    A prefeitura também definiu um fundo anual limitado para custear a iniciativa e deixou claro que só poderia aceitar um número reduzido de famílias, priorizando candidatos com maior probabilidade de permanecer na vila.

    Regras e consequências

    Em caso de descumprimento das condições — por exemplo, não residir como endereço principal ou sair antes do tempo — os valores recebidos teriam de ser devolvidos. A seleção dos aprovados levou em conta a intenção de permanência e a capacidade de cumprir os compromissos financeiros e legais.

    O dia a dia na vila

    Albinen fica a cerca de 1.300 metros de altitude e mantém ligação com cidades próximas. Ainda assim, morar ali exige adaptação: serviços são limitados e deslocamentos podem ser frequentes. A escola local chegou a fechar por falta de alunos; muitas casas tornaram-se residências de fim de semana; e o custo de vida suíço, superior à média europeia, foi outro ponto relevante para quem avaliava a mudança.

    Resultados

    O programa despertou muita atenção, dentro e fora da Suíça, mas a maioria dos interessados não atendeu aos requisitos. Os casos aprovados envolveram famílias que compraram imóveis na vila e se comprometeram a residir de forma estável na comunidade. A comuna manteve critérios rigorosos e número limitado de beneficiários para tentar garantir que a iniciativa realmente repusesse moradores e preservasse serviços.

    No plano futuro, a administração projetou continuar aplicando o fundo anual e manter as restrições ao número de beneficiários, com a meta de repovoar o local, preservar serviços essenciais e dinamizar a economia ao longo dos anos.