ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, disse ao Projeto Prisma, do Bahia Notícias, que pretende reduzir o número de legendas na aliança para a disputa pelo governo da Bahia em 2026. Em palavras simples: ele quer uma coligação mais enxuta e organizada, evitando repetir erros de composições passadas.
Objetivo de uma frente mais compacta
Neto falou que imagina montar uma equação com cerca de cinco, talvez seis, partidos como base de uma candidatura única. A ideia é priorizar organização, densidade eleitoral e até tempo de TV, em vez de abrir mão de foco para aumentar a quantidade de siglas.
“Uma das coisas que a gente errou foi ter tido 13 partidos políticos. … Hoje, meu desejo é montar uma equação com cinco, talvez seis partidos, e está tudo certo. Existe uma base de partida nossa de construção, sendo a nossa fortaleza, é o que me importa tentar organizar.”
Divergência entre aliados
Mas nem todos concordam com esse caminho. O atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), tem um pensamento diferente e defende ampliar o número de legendas para aumentar o leque de candidaturas em 2026. Segundo interlocutores, “Bruno tem um perfil de montador de legenda, entende que quanto mais candidatos, melhor”.
Fontes ainda dizem que Reis chegou a sugerir criar ou montar legendas menores para compensar espaços perdidos com a federação entre PP e União Brasil. Essa federação deverá reunir 40 candidatos — um dado relevante diante das 39 vagas da Bahia na Câmara dos Deputados — e a proposta visava priorizar chapas para a disputa proporcional.
Antecedentes recentes
Em 2022, Neto teve uma coligação com 13 partidos, incluindo União Brasil, PP, Republicanos e PSDB, uma composição que ele avaliou como demorada para montar as chapas. Bruno Reis, por sua vez, contou com o apoio de 15 legendas nas eleições municipais de 2024 e já havia articulado uma frente ampla em 2020.
Neto indicou que o foco inicial seria a construção envolvendo a federação União Brasil-PP, além de PSDB, Republicanos e PL. Se esses cinco partidos se mantiverem juntos em torno de uma candidatura, haveria vantagens em tempo de TV e estrutura.
Em suma: há um debate claro entre a proposta de uma aliança mais enxuta, defendida por Neto, e a visão de ampliar legendas, defendida por aliados como Bruno Reis. Até agora, porém, não foi anunciada uma decisão final.