A marca Wepink, ligada à influenciadora Virginia Fonseca, passou a ser alvo de uma apuração do Ministério Público de Goiás após denúncias sobre práticas comerciais problemáticas que vinham se repetindo.
O que o MP encontrou
Segundo o documento do MPGO e reportagem da revista Quem, a investigação reuniu indícios de vendas de produtos fora de estoque, atrasos nas entregas, dificuldades para reembolso e publicidade enganosa em transmissões ao vivo. O processo foi ajuizado em 7/10.
Entre os dados levantados, o órgão aponta que a marca acumulou 340 reclamações registradas no Procon de Goiás — um número que, na avaliação do MP, demonstra recorrência nos problemas apontados.
- Vendas sem estoque: transmissões ao vivo nas quais integrantes da direção admitiram comercializar itens sem disponibilidade imediata.
- Problemas operacionais: atrasos na entrega e dificuldade em reembolsos.
- Publicidade enganosa: condutas apontadas pelo promotor como prática comercial desleal.
Em trechos citados pela promotoria, o sócio Thiago Stabile chegou a reconhecer que a empresa vendia produtos mesmo quando não havia estoque, justificando esse movimento pelo aumento do faturamento: “A gente tinha 200 mil faturamentos por mês. A gente saltou de 200 mil faturamentos por mês para 400 mil faturamentos por mês. Algumas matérias-primas acabam, porque a gente vende muito”.
O promotor responsável, Élvio Vicente da Silva, da 70ª Promotoria de Justiça, classificou essas falas como indício de publicidade enganosa e má-fé contratual, e apontou que a participação dos sócios nas lives indica conhecimento das falhas operacionais mesmo com a continuidade do modelo de vendas.
A defesa da empresa, por sua vez, informou que ainda não teve acesso aos termos do processo por não ter sido formalmente citada. Nas palavras do jurídico: “O que podemos falar é que não fomos citados na ação, portanto, ainda não tomamos conhecimento dos termos. De acordo com apurações, ela foi ajuizada anteontem (7/10). Sequer o juiz se manifestou”.
Declarações pessoais
Além das questões comerciais, a reportagem registrou declarações pessoais de Virginia Fonseca. Ela afirmou ter conversado com o jogador Vini Jr. após o fim público de um suposto envolvimento, relatando que o atleta admitiu conversas com outras mulheres e pediu desculpas: “A gente conversou, se resolveu, está tudo certo” e “Não tem o que fazer, pediu desculpa. Nem começou [o namoro]. Acabou antes de começar. Cada um segue sua vida, na caminhada”.
No momento, o MP diz que os sócios deverão responder pelos danos apurados, mas, segundo a defesa, não houve citação formal e o juiz ainda não se manifestou. O caso segue aberto e as próximas etapas dependem das diligências e das decisões judiciais. O que vem a seguir?