O voo que transportaria o corpo de Raíssa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, Miss Serra Branca Teen 2020, foi cancelado na manhã desta quinta-feira (12). A informação foi divulgada pela irmã da jovem, que publicou um comunicado nas redes sociais:
“Venho por meio deste informar que devido ao voo cancelado, estamos sem previsão do horário para a chegada do corpo de Raíssa! Em breve informaremos o horário previsto.”
O traslado sairia de São Paulo com destino a Aracaju, e a família agora aguarda uma nova definição para a chegada do corpo em Paulo Afonso, Bahia. O velório, inicialmente marcado para as 9h no Ginásio de Esportes Luiz Eduardo Magalhães, e o sepultamento, previsto para as 16h no cemitério local, também foram impactados pelo imprevisto.
Caso Raíssa:
Raíssa, natural de Paulo Afonso, vivia em Curitiba há cerca de três anos e se preparava para se mudar para Sorocaba (SP), onde havia recebido uma proposta de trabalho. Ela era conhecida pelo engajamento em projetos sociais e pela simpatia nas redes sociais, onde atuava como influenciadora digital e divulgava conteúdos de beleza e estética. Recentemente, havia iniciado um curso superior de Estética.
A jovem foi encontrada morta na última segunda-feira (9), em uma área de mata em Araucária, região metropolitana de Curitiba, após oito dias desaparecida. Segundo a Polícia Civil do Paraná, o principal suspeito do crime é o humorista e motorista de aplicativo Marcelo Alves, de 41 anos, amigo de infância de Raíssa. Ele confessou o assassinato e está preso. De acordo com as investigações, Marcelo convidou Raíssa para almoçar sob o pretexto de ajudá-la profissionalmente, declarou-se apaixonado e, ao ser rejeitado, a estrangulou com uma abraçadeira plástica. O corpo foi enrolado em uma lona e, com a ajuda do filho, transportado até a área de mata onde foi enterrado.
Durante o período em que Raíssa esteve desaparecida, Marcelo manteve contato com a família da vítima, chegando a oferecer hospedagem para parentes que foram a Curitiba ajudar nas buscas. A advogada da família, Carina Goiatá, afirmou que o suspeito tentou enganar os familiares, dizendo que Raíssa teria saído de casa por vontade própria.
A delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, informou que a polícia trabalha com a hipótese de feminicídio, já que o crime teria sido motivado pela recusa de Raíssa em manter um relacionamento amoroso com o suspeito. A perícia ainda investiga se houve violência sexual antes ou depois da morte, o que pode agravar a pena do acusado. O filho do suspeito, que ajudou a ocultar o corpo, foi liberado após pagamento de fiança.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Paraná, que aguarda laudos periciais para concluir o inquérito. A família de Raíssa aguarda a liberação do corpo para realizar o velório e o sepultamento em sua cidade natal.