Você já parou para pensar nos desafios que os médicos enfrentam no dia a dia? Além de cuidar da nossa saúde, eles agora lidam com um problema sério: a violência. Pois é, o Conselho Federal de Medicina, o nosso CFM, acabou de falar sobre um levantamento que aponta para um cenário preocupante em todo o Brasil. Os dados são claros: a violência contra esses profissionais atingiu um recorde. Segundo o estudo, uma média de 12 médicos foram vítimas de agressões por dia dentro das unidades de saúde no último ano. Imagine só, isso significa que, a cada duas horas, um médico sofreu algum tipo de ameaça, injúria, desacato ou lesão corporal pelo país.
Onde e como os casos acontecem?
De onde vêm esses números? Eles foram levantados pelo próprio CFM, com base nos boletins de ocorrência registrados nas delegacias de Polícia Civil por aí. Só em 2024, foram 4.562 registros desse tipo em todo o Brasil. E sabe o que é mais duro? Esse é o maior número já visto desde que o CFM começou a fazer essa pesquisa lá em 2013. E onde essas violências aconteceram? Os registros mostram que os médicos foram agredidos dentro de vários locais de trabalho. Estamos falando de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros, laboratórios e outros espaços parecidos.
Olhando mais de perto, os dados mostram algo interessante sobre quem são as vítimas. O número de violências contra médicos homens ainda aparece como o maior, com 1.819 casos registrados. No entanto, os dados das médicas mulheres agredidas estão crescendo cada vez mais rápido, chegando a 1.757 casos. Essa tendência de aumento da violência contra médicas é tão forte que, em sete estados diferentes, o número de mulheres vítimas já superou o de homens. Isso aconteceu na Bahia, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins.