A família de Raíssa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, Miss Serra Branca Teen 2020, informou que o velório da jovem será realizado nesta quinta-feira, 12 de junho, às 7h, no Ginásio de Esportes Luiz Eduardo Magalhães, em Paulo Afonso, Bahia.
Por meio das redes sociais, a família agradeceu o apoio recebido para o translado do corpo e destacou a mobilização de amigos, conhecidos e desconhecidos que contribuíram com doações e mensagens de solidariedade. O sepultamento será informado posteriormente.
A jovem foi encontrada morta na última segunda-feira (9), em uma área de mata em Araucária, região metropolitana de Curitiba (PR), após oito dias desaparecida.
Natural de Paulo Afonso, Raíssa vivia em Curitiba há cerca de três anos e se preparava para se mudar para Sorocaba (SP), onde havia recebido uma proposta de trabalho. A jovem conquistou o título de Miss Serra Branca Teen em 2020 e era conhecida pelo engajamento em projetos sociais e pela simpatia nas redes sociais.
Segundo a Polícia Civil do Paraná, o principal suspeito do crime é o humorista e motorista de aplicativo Marcelo Alves, de 41 anos, amigo de infância de Raíssa. Ele confessou o assassinato e está preso. De acordo com a investigação, Marcelo convidou Raíssa para almoçar e, em seguida, a levou para sua casa, sob o pretexto de ajudá-la profissionalmente. No local, declarou-se apaixonado, mas não foi correspondido. Após ser rejeitado, Marcelo estrangulou Raíssa com uma abraçadeira plástica, enrolou o corpo em uma lona e, com a ajuda do filho, transportou-o até uma área de mata em Araucária, onde foi enterrada.
Durante os dias em que Raíssa esteve desaparecida, Marcelo manteve contato com a família da vítima, chegando a oferecer hospedagem para parentes que foram a Curitiba ajudar nas buscas. A advogada da família, Carina Goiatá, afirmou que o suspeito tentou enganar os familiares, dizendo que Raíssa teria saído de casa por vontade própria.
A delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, informou que a polícia trabalha com a hipótese de feminicídio, já que o crime teria sido motivado pela recusa de Raíssa em manter um relacionamento amoroso com o suspeito. A perícia ainda investiga se houve violência sexual antes ou depois da morte, o que pode agravar a pena do acusado.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Paraná, que aguarda laudos periciais para concluir o inquérito.