Durante uma megaoperação realizada nesta terça-feira (28) nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, traficantes do Comando Vermelho utilizaram drones para lançar granadas contra policiais. A ação, chamada Operação Contenção, mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, com o objetivo de cumprir 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão contra lideranças da facção criminosa.
Os criminosos reagiram com o uso de drones armados, que sobrevoaram as comunidades e lançaram explosivos contra as forças policiais, além de erguerem barricadas em chamas para dificultar o avanço das autoridades. Imagens divulgadas pela polícia mostram os drones em ação, lançando as granadas sobre os agentes.
A operação resultou em quatro suspeitos mortos, entre eles dois oriundos da Bahia, e 25 presos, incluindo o operador financeiro de um dos chefes do Comando Vermelho. Entre os feridos estão um delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, um cabo do Bope, além de civis atingidos por balas perdidas. Foram apreendidos 10 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas.
O uso de drones armados por traficantes não é um caso isolado. Investigações anteriores revelaram que um militar da Marinha do Brasil foi preso por colaborar com o Comando Vermelho, ajudando a armar drones com granadas para ataques contra rivais e forças de segurança. A polícia segue investigando o uso dessa tecnologia como uma nova arma do crime organizado.
Devido à operação, 45 escolas municipais foram fechadas, cinco clínicas suspenderam atendimentos e 12 linhas de ônibus tiveram seus itinerários desviados para garantir a segurança da população.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que a ação visa conter a expansão territorial do Comando Vermelho e reprimir o crime organizado em todas as suas modalidades.
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