Os corpos de Tamara Trindade da Silva, 28 anos, e de Mayane Coelho Brandão, 20, foram encontrados na quinta‑feira (02) em uma área de mata fechada em Fazenda Nova, em Simões Filho (BA), na Região Metropolitana de Salvador. As amigas estavam desaparecidas há mais de uma semana.
O que a polícia apurou
Investigadores da 22ª Delegacia Territorial (DT) prenderam Jonas Souza Santos, 20 anos, conhecido como ‘Índio’. Segundo o delegado Jader Oliveira, Jonas confessou participação nos homicídios e indicou o local onde os corpos estavam, o que permitiu o resgate das vítimas.
O delegado relatou que o crime teria começado por vingança: Tamara teria supostamente furtado R$ 15 mil de Jonas semanas antes. Na noite de 25 de setembro, o suspeito teria atraído Tamara para sua casa e cobrado a devolução do dinheiro. Ao ser confrontada, ela teria se negado a pagar e, segundo a versão apresentada à polícia, teria ameaçado chamar traficantes — o que desencadeou o ataque.
“Ele deu a primeira facada, depois deu a outra”, afirmou o delegado Jader Oliveira em depoimento.
Quem imaginaria que uma tentativa de intermediação terminaria assim? Mayane, mãe de uma criança e amiga de Tamara, não era o alvo principal. De acordo com a polícia, ela foi ao encontro para tentar convencer Tamara a devolver parte do valor, com a promessa de receber R$ 3 mil pelo intermédio. Ao presenciar a agressão e pedir socorro, Mayane foi morta para evitar que o suspeito fosse denunciado — uma situação descrita pela polícia como ‘queima de arquivo’.
Modalidade e andamento das buscas
As investigações apontam que as vítimas foram mortas por facadas e por golpes de machado. A polícia informou que um segundo envolvido, um homem de 21 anos, segue foragido. As armas usadas no crime e a motocicleta das vítimas, que teria sido lançada em um lago, ainda não foram localizadas.
- Vítimas: Tamara Trindade da Silva (28) e Mayane Coelho Brandão (20).
- Suspeito detido: Jonas Souza Santos (20), conhecido como ‘Índio’.
- Motivo apontado: vingança por suposto furto de R$ 15 mil.
Jonas permanece sob custódia, e o delegado solicitou à Justiça a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva, a fim de manter a detenção enquanto as apurações prosseguem. A Polícia Civil segue com as buscas pelo segundo suspeito e tenta recuperar os objetos e a motocicleta relacionados ao caso.
É uma história que deixa marcas: duas famílias enlutadas e perguntas ainda sem resposta, enquanto as autoridades trabalham para esclarecer todos os fatos.