A espera acabou. Na manhã desta terça-feira (29/7), a polícia finalmente cumpriu um mandado de prisão por homicídio qualificado no bairro BTN III, em Paulo Afonso. A notícia trouxe um sopro de alívio para as famílias e vizinhos do município, que há quase dois meses conviviam com a dor e a insegurança. O homem preso, identificado como Bruno Nascimento da Silva, é suspeito de ter assassinado a tiros, em plena luz do dia, Maria “Cleide” dos Santos, de 34 anos, na Prainha, no dia 5 de junho.
A operação, conduzida pela equipe da Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI Nordeste) junto com o setor de inteligência da Delegacia Territorial, mostrou o resultado de um trabalho silencioso e minucioso da polícia local.
“Finalmente, a justiça chegou”
Desde o crime, o clima na Prainha era de medo e apreensão. Muitos moradores temiam retaliações e evitavam até mesmo sair de casa. “A prisão traz um pouco de paz para todos nós”, contou uma vizinha da família, preferindo não se identificar. Não é difícil imaginar o alívio, não é mesmo? Afinal, ninguém deveria viver com essa sensação constante de ameaça.
O caso, passo a passo
Vamos recapitular como tudo aconteceu:
- 5 de junho: Maria Cleide foi surpreendida por dois homens numa moto e baleada na cabeça, falecendo no local.
- 7 de junho: A RONDESP Nordeste prendeu, no BTN III, um dos suspeitos, com um revólver calibre .38, um celular azul e a moto usada no crime. O homem acabou liberado alguns dias depois, ao pagar fiança, mas ficou sob monitoramento.
- 29 de julho: Após novas investigações e laudos balísticos, a Justiça autorizou a prisão preventiva. O mesmo suspeito, Bruno Nascimento da Silva, foi capturado hoje, sem oferecer resistência.
Inteligência e cautela na operação
De acordo com um policial civil envolvido na ação, o trabalho de inteligência foi essencial para o sucesso da prisão. “Mapeamos os deslocamentos do investigado e aguardamos o momento mais seguro para agir, evitando qualquer confronto”, explicou o agente. Na residência, a polícia ainda encontrou roupas e calçados que podem ajudar a esclarecer o caso, pois são compatíveis com imagens de câmeras de segurança analisadas pela perícia.
Uma cidade que respira aliviada
Entre os moradores, o sentimento predominante é de justiça. “Não traz quem perdemos de volta, mas mostra que o crime não ficou sem resposta”, disse uma pessoa próxima à vítima, pedindo anonimato.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres também manifestaram apoio à atuação das forças de segurança, reforçando a necessidade de atenção contínua e políticas públicas para coibir a violência de gênero na região.
O que vem pela frente
O suspeito passou por exame de corpo de delito e já está no Conjunto Penal de Paulo Afonso, onde vai aguardar a audiência de custódia. A investigação continua, agora com foco na identificação do segundo envolvido, o piloto da motocicleta usada no crime.
Por que isso importa?
A resposta rápida da polícia reforça a confiança dos moradores no trabalho das forças de segurança. E vai além: mostra como prisões preventivas em casos de violência grave podem salvar vidas e impedir que acusados voltem às ruas antes da Justiça ser feita. Para quem vive em Paulo Afonso, essa ação não foi só uma vitória policial — foi um passo importante para restaurar a sensação de segurança e esperança na cidade.