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Polícia e investigação

Polícia investiga fonoaudióloga suspeita de torturar crianças autistas

Avatar De Redação Portal Chicosabetudo

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A Polícia Civil investiga denúncias de mães mostrando que os filhos autistas teriam sido agredidos, trancados em salas e tocados nos genitais em uma clínica em Duartina, no interior de São Paulo. Além disso, prints de mensagens mostram que a fonoaudióloga, que atendia as crianças, xingava os pacientes.

Uma ex-funcionária contratada como acompanhante terapêutica de um dos meninos atendidos, fez vídeos, fotos e áudios das agressões. Ela decidiu fazer a denúncia na polícia quando viu o menino levar um tapa, a mulher disse que a fonoaudióloga a instruía a forjar os atendimentos não realizados nas agendas das crianças.

“Quando presenciei a olho nu, eu falei para a minha chefe, a que havia me contratado como acompanhante, que não queria trabalhar mais lá. Ainda fiquei na clínica quase um mês para registrar esses momentos. O que eu presenciei nunca vou tirar da cabeça. Não tem sentimento pior. Fiz tudo pelas crianças”, finaliza.

As mensagens foram enviadas pela fonoaudióloga em 29 de março e 8 de abril. Os registros mostram ainda que a profissional não oferecia as sessões individualizadas que tinham sido contratadas e pagas pelas mães.

Uma das mães relatou que filho de 3 anos atendido pela fonoaudióloga relatou que a “tia” tocava em seu órgão genital. “Onde a tia pegava e colocava a mãozinha?”, questionou a mãe em vídeo enviado ao G1. A criança respondeu “Aqui” e apontou para a fralda.

Em nota, a defesa da fonoaudióloga informou que colabora com as investigações policiais. Além disso, afirmou que a família teve de sair da casa com medo de represálias.

“É necessário destacar que não houve ainda sequer a constituição formal de inquérito policial, de modo que todas as informações referentes às denúncias devem ser analisadas com cautela e prudência, tanto em respeito à pessoa das acusadas como às supostas vítimas. Todo o conteúdo até então reunido em investigação deverá ser confrontado com outros meios de prova, de modo que as informações existentes até então não indicam de forma cabal a ocorrência de qualquer ilícito. No momento oportuno, a verdade seja aclarada a todas as partes interessadas no feito, visto que os documentos juntados até o momento nos autos não são suficientes para embasar as alegações”, diz a nota.

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