A Polícia Civil divulgou, na manhã desta segunda-feira (22), o retrato falado do suspeito de ter assassinado a golpes de faca Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, no dia 10 de dezembro. O perfil do suspeito foi construído com base em depoimentos de três testemunhas, sendo uma delas a própria mãe, Lúcia Mota. O crime ocorreu durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no Centro de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.
Ao todo, 80 pessoas já foram ouvidas pela polícia. O homem estaria próximo do local do crime e ainda teria sido visto em atitude suspeita dentro de um banheiro feminino do colégio. "Uma testemunha viu ele dentro do banheiro feminino, outra viu ele sentado por muito tempo próximo ao bebedouro – só para reforçar que o corpo da criança foi encontrado próximo a esse bebedouro. Ele também foi visto dentro do banheiro masculino lavando o cabelo, lavando o rosto. Uma testemunha também o viu saindo do local onde o corpo da menina foi encontrado", explicou o delegado responsável pelo caso, Marceone Jacinto.
A mãe foi a primeira pessoa a ver o retrato falado, mas não reconheceu o suspeito como alguém do convívio familiar ou alguém que tenha visto durante a festa. Com, aproximadamente, 2,5 mil pessoas presentes no evento, um dos fatores que dificulta a investigação é o fato da grande circulação de convidados no dia. A polícia está trabalhando em cima de imagens de celulares e do fotógrafo que estava filmando a festa, pois a instituição de ensino não apresentava camêras de monitoramento distribuídas no local onde a garota foi achada.
Por ser um caso de grande complexidade, como mesmo mencionou Jacinto, nenhuma linha de investigação foi descartada, nem o envolvimento de outros suspeitos. "Esse é um suspeito que, certamente dentro do que já temos na investigação, foi o executou ou teve alguma participação indireta no caso", completa o delegado.
Com a divulgaçação do retrato falado, a corporação acredita que chegará ao suspeito com a ajuda da populção através do Disque Denúncia, pelo telefone 3421.9595. Para o chefe da Polícia Civil no estado, delegado Antônio Barros, o caso é prioridade máxima da corporação. "Todo o esforço está sendo direcionado para esse caso. Ele é considerado o caso número um da Polícia Civil e não tenho dúvidas que vamos chegar em um resultado positivo", asseverou.