A adolescente Kelly Kethylin Bezerra Gomes, de 16 anos, foi executada em Olho D’Água das Flores, Sertão de Alagoas, após ser falsamente acusada de delatar um integrante de facção criminosa. O inquérito da Polícia Civil concluiu que a ordem para o crime partiu da cúpula da facção, e quatro pessoas foram indiciadas, sendo dois presos, um morto em confronto e outro foragido.
Kelly desapareceu no dia 26 de junho de 2025. Seu corpo foi encontrado seis dias depois, em uma cova rasa, já em estado de decomposição, no bairro Alto do Sossego. A investigação revelou que a jovem foi submetida a um “tribunal do crime” e morta injustamente, pois ficou provado que ela nunca fez qualquer denúncia à polícia sobre a facção.
“Ficou provado que ela nunca fez tal denúncia. Foi morta injustamente, vítima da arbitrariedade de uma facção que atua na região”, afirmou o delegado Leonardo Amorim.
A mãe da vítima, Kéltyla Bezerra, relatou que Kelly era uma jovem prestativa, ingênua e muito apegada à família. “Ela gostava muito de ajudar. Para ela, todo mundo era amigo. Ela não via maldade nas pessoas ao redor”, lamentou.
O inquérito policial indiciou três homens e uma mulher. Dois suspeitos estão presos preventivamente, um foi morto em confronto com a Polícia Militar e outro segue foragido. A Polícia Civil não divulgou os nomes dos envolvidos para não atrapalhar as investigações. O caso agora segue para o Poder Judiciário.