A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (31) a segunda fase da Operação Convictus na Bahia, cumprindo oito mandados de prisão preventiva e onze de busca e apreensão. A ação visa desarticular uma organização criminosa envolvida em tráfico interestadual de drogas e armas, além de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, com foco em Salvador e na Região Metropolitana da capital baiana.
Origem da Investigação
O ponto de partida para as investigações foi um narcotraficante que se desligou de uma facção criminosa, passando a atuar de maneira independente e negociando com diferentes grupos, segundo informações da PF. A organização criminosa é responsável pela aquisição de grandes volumes de substâncias ilícitas, incluindo maconha tipo skunk, cocaína, crack, ecstasy, lança-perfume, tetracaína e cafeína. Essas drogas eram distribuídas majoritariamente em Salvador e na Região Metropolitana. Além disso, a polícia identificou negociações para a compra de armamento pesado, como pistolas, fuzis e metralhadoras, algumas com munições antiaéreas.
Lavagem de Dinheiro
Para ocultar a origem dos lucros obtidos com as atividades ilegais, o grupo utilizava um complexo esquema de lavagem de dinheiro. Foram identificadas empresas de fachada, o uso de contas bancárias de terceiros, aquisição de veículos de luxo e a operação de lojas de automóveis. O volume de movimentações financeiras relacionadas a essas práticas fraudulentas supera os R$ 5 milhões.
Além dos mandados de prisão e busca, a Operação Convictus incluiu o sequestro de bens e o bloqueio de contas bancárias de 69 CPFs e CNPJs vinculados aos investigados, bem como o bloqueio de veículos por meio do sistema Renajud. A força-tarefa conta com a colaboração do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da Polícia Militar da Bahia (PM-BA).