Um jovem de 23 anos morreu na manhã de segunda-feira (20) em Feira de Santana, no distrito de Maria Quitéria, após passar mal horas depois de jogar futebol. De acordo com relatos feitos à unidade de saúde, ele havia ingerido um medicamento para disfunção erétil antes da partida. O caso é investigado pela Polícia Civil como morte a esclarecer.
Segundo o pai do rapaz, ouvido pelo BNews, o filho tomou o fármaco no sábado à noite. No domingo (19), após o jogo, começou a sentir fortes dores de cabeça e incômodo atrás dos olhos e foi levado pelos pais à policlínica do distrito, onde ficou em observação. Na madrugada, o quadro teria piorado.
“Provavelmente ele tomou para se encontrar com a namorada. Esse menino novo quer experimentar e acabou que o medicamento fez mal a ele”, disse o pai.
A equipe médica realizou tentativas de reanimação, mas o jovem sofreu uma parada cardíaca e morreu por volta das 8h40 de segunda-feira (20). A identidade dele não foi divulgada.
Em depoimento à reportagem, o pai fez um alerta sobre o uso de medicamentos sem orientação: “Jovens, não caiam na besteira de experimentar”, disse. Ele também mencionou uma possível demora na chegada da ambulância no momento da regulação do paciente. A Secretaria de Saúde e a unidade não haviam se manifestado sobre o atendimento até a última atualização desta reportagem.
“Quando o médico pediu a regulação, a ambulância demorou a chegar. Acho que poderia ter uma ambulância disponível para casos mais urgentes. Eles fizeram de tudo lá, mas não conseguiram salvar a vida do meu filho”, relatou.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para realizar perícia e necropsia, que devem apontar a causa da morte. A 2ª Delegacia Territorial (DT) de Feira de Santana conduz a investigação.
A tadalafila é um medicamento de prescrição, indicado para tratar disfunção erétil, entre outras condições, e requer avaliação médica prévia por possíveis riscos e contraindicações, especialmente em pessoas com doenças cardiovasculares ou que usem determinadas medicações. Especialistas reforçam que o uso sem indicação profissional pode trazer riscos e que qualquer sintoma súbito, como dor de cabeça intensa e dor ocular, deve motivar busca imediata por assistência.
Até a conclusão do laudo do DPT, não há confirmação oficial de relação causal entre a substância e a morte. A investigação policial segue em curso.