CAMAÇARI, BA – No rastro de uma sequência de homicídios, o temor da presença de um grupo de extermínio tem abalado a cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, Bahia. A polícia local investiga a possibilidade de ligação entre os sete assassinatos que ocorreram entre a noite de quarta-feira (28) e a madrugada de quinta (29) no município.
De acordo com informações divulgadas pelo Jornal Correio, fontes que pediram para não serem identificadas apontam que um suposto grupo de extermínio, formado por policiais militares, possa ser o responsável. A motivação, segundo essas fontes, seria uma espécie de “resposta” à morte de Leandro Santos dos Reis, ex-agente policial, que foi assassinado após reagir a um assalto de ônibus.
Além desses sete homicídios, outra morte, desta vez na cidade de Candeias, teria sido perpetrada pelo mesmo grupo. Nenhum dos oito assassinatos teve conexão direta com a morte de Leandro. A suspeita é que as vítimas tenham sido executadas sob a premissa de estarem envolvidas no mundo do crime.
Conforme as fontes anônimas, as ações violentas do grupo têm como objetivo causar pânico e apreensão na população. “Quando eles dão uma resposta como essa a um integrante que foi morto, a intenção não é só matar o responsável direto. Eles escolhem pessoas que seriam criminosas aqui e, na visão deles, deveriam estar mortas”, diz uma das fontes.
As vítimas, com idades entre 20 e 45 anos, foram identificadas e os crimes ocorreram em diferentes bairros de Camaçari, ainda sem informações concretas sobre a autoria ou as motivações por trás dos assassinatos.
Os mortos foram identificados como: Everton Simões Oliveira (20), David Silva Oliveira (23), Uellington de Jesus Santos (27), Plínio de Almeida Franca Júnior (45), Marcos Santos da Mota (35), Carlos Douglas Reis da Silva (26) e Mateus Santos de Jesus (22).
Para combater a onda de violência, a Polícia Militar relata que intensificou o policiamento em várias localidades, incluindo Nova Vitória, Sítio Verde, Bairro dos 46 e Lama Preta. Enquanto isso, a 4ª Delegacia de Homicídios (DH/Camaçari) segue com as investigações.
