Um assalto relâmpago no coração do Museu do Louvre deixou Paris em choque. No domingo (19), por volta das 9h30, criminosos cortaram uma janela com uma serra elétrica, invadiram a Galeria Apollon e, em cerca de sete minutos, fugiram levando nove joias históricas do século XIX.
O que foi encontrado
Investigadores da Brigada de Repressão ao Banditismo da França e do Escritório Central de Combate ao Tráfico de Bens Culturais localizaram, entre os objetos abandonados, um capacete de moto e um par de luvas atribuídos aos criminosos. Além desses itens, a polícia apreendeu:
- as chaves de um caminhão com elevador que teria sido usado para alcançar a sacada e as janelas;
- um colete e outros equipamentos deixados no local.
Como os investigadores esperam identificá-los? Os materiais recolhidos serão submetidos a análises forenses, incluindo testes de DNA, na tentativa de ligar as evidências aos suspeitos.
O jornal Le Parisien informou que quatro homens participaram do crime; a imprensa já chegou a classificar o caso como o “roubo do século”. As autoridades confirmaram que os assaltantes chegaram ao museu em scooters e também fugiram nas mesmas motocicletas.
Peças de valor
Entre os objetos subtraídos estava o colar da rainha consorte Maria Amélia, formado por 631 diamantes. A coroa da imperatriz Eugénie foi recuperada — abandonada durante a fuga — segundo fontes policiais. O paradeiro das demais peças e dos suspeitos continua desconhecido.
"[As autoridades] sabem que nas próximas 24 ou 48 horas, se esses ladrões não forem pegos, essas peças provavelmente já terão desaparecido", disse Chris Marinello, CEO de uma empresa especializada na localização de arte roubada.
"É improvável que todas as peças sejam recuperadas no estado em que se encontram atualmente", afirmou Elaine Sciolino, autora de um livro sobre o Louvre.
O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, reconheceu que o assalto revelou falhas na segurança do museu e disse que o episódio passou uma imagem negativa da França. O ministro do Interior, Laurent Nuñez, afirmou que haverá reforços nos esquemas de segurança em torno de estabelecimentos culturais.
As buscas pelos responsáveis e pelas joias continuam sob coordenação policial. O Museu do Louvre anunciou que reabriria apenas na quarta-feira (o local fecha normalmente às terças para manutenção), enquanto as análises forenses e as diligências policiais seguem como próximos passos da investigação.