Mulheres lideram frente militar na Segurança Pública da Bahia

Na Bahia, um grupo destacado de mulheres vem quebrando barreiras e liderando a frente de operações na Segurança Pública, tanto no Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) quanto na Polícia Militar. Estas profissionais se dedicam a missões de busca e salvamento, comandam tropas em operações especiais e enfrentam perigos iminentes diariamente, tudo em nome da proteção da vida.

Apesar da competência e da bravura, essas mulheres ainda enfrentam desafios ligados a estereótipos de gênero, incluindo duvidas sobre sua capacidade por serem mulheres. Lorene Prado, bombeira militar do 3º Batalhão em Salvador, compartilha sua experiência: mesmo sendo considerada por alguns como “incapaz” por sua aparência física, ela tem demonstrado sua competência através da especialização em atividades de alto risco, como salvamentos em altura e espaços confinados. Lorene, mãe de um bebê, destaca a importância da determinação na busca pelo reconhecimento em seu campo de atuação.

A representatividade feminina no CBMBA é significativa, com 767 mulheres fazendo parte da corporação. Apesar disso, no contexto nacional, as mulheres representam apenas 14% dos bombeiros militares, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A Polícia Militar é vista com uma das instituições com menor representatividade feminina.

Adriana Meirelles, tenente da PMBA e pioneira na ascensão de patente feminina na corporação, relata quase três décadas de diversificada experiência na área, incluindo moto-patrulhamento e comando de operações policiais. Apesar das adversidades e da luta por reconhecimento, Adriana enfatiza a importância de seguir perseverante em busca de seus sonhos, uma mensagem que tanto ela quanto Lorene compartilham com todas as mulheres que almejam ingressar em profissões dominadas por homens.

Essas histórias fazem parte do projeto especial “Mulheres em Ação” do Portal A TARDE, que busca evidenciar o papel fundamental das mulheres em diversos setores, reforçando que elas podem estar onde quiserem, inclusive na linha de frente da Segurança Pública.