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Polícia e investigação

Mulher encontrada em Canindé de São Francisco simulou o próprio sequestro por não aceitar término do relacionamento, revela Polícia Civil

Caso de mulher desaparecida em Itabaiana toma novo rumo com evidências de sequestro forjado. Investigação em andamento.

Avatar De Redação Portal Chicosabetudo

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Foto: PM/SE

Uma investigação conduzida pela Polícia Civil de Sergipe trouxe à tona uma reviravolta no caso de Geane, encontrada em uma área de vegetação em Canindé de São Francisco. As autoridades concluíram que a mulher forjou o próprio sequestro, baseando-se em evidências coletadas pelas Delegacias Regionais de Itabaiana e Canindé de São Francisco.

O desaparecimento foi notificado em 13 de janeiro pela mãe da investigada, que relatou o sumiço da filha desde o dia 9 de janeiro. A situação tomou um rumo inesperado quando, em 20 de janeiro, a polícia foi informada sobre uma mensagem enviada por Geane ao filho, indicando que ela teria ido atrás do ex-namorado em Canindé de São Francisco e que estaria em perigo.

Após diligências, a Polícia Civil convocou o ex-namorado para depoimento, revelando que o último contato entre os dois ocorreu em novembro de 2023. Mesmo com a tentativa de contato direto solicitada pela polícia, não houve sucesso em localizar Geane até o dia 27 de janeiro, quando foi encontrada por policiais militares do 4º Batalhão, após rastreamento do sinal de seu celular.

Hospitalizada para primeiros socorros no Hospital Municipal de Canindé de São Francisco, a história de Geane começou a mostrar inconsistências.

Quando questionada sobre o motivo das atitudes do ex-namorado, ela mencionou que decidiu denunciar o ex-namorado ao descobrir que ele estava exercendo ilegalmente a profissão de médico, incluindo a falsificação de atestados e realização de procedimentos abortivos.

O delegado de Itabaiana, Edvânio Dantas, e o delegado de Canindé de São Francisco, Douglas Lucena, notaram discrepâncias no depoimento da mulher e nos relatos médicos, especialmente em relação à sua condição física, que contradizia a narrativa de sequestro e cativeiro ao ar livre sem alimentação.

“Segundo a jovem, o cativeiro era em local a céu aberto, na cidade de Canindé, onde ela estava exposta ao sol e à noite e, durante os 15 dias, ela ficou sem nenhuma alimentação, porém não tinha nenhum sinal de desidratação e não existiam sinais de picadas de mosquito e sequer insolação em sua pele. Inclusive, não existiam os hematomas que configurassem a narrativa apresentada pela jovem, de que foi mantida amarrada pelas pernas e mãos durante os 15 dias pelo namorado”, informou Edvânio Dantas.

Análises de câmeras de segurança foram cruciais para desvendar o caso. As imagens revelaram que, durante o período de seu suposto desaparecimento, Geane circulou por estabelecimentos comerciais e se hospedou em uma pousada sob o nome falso de Maria Silva. No dia seguinte, ela se deslocou, por meio de mototáxi, até uma área de mata, onde acionou a Polícia Militar.

A motivação por trás da farsa, segundo as investigações, seria o inconformismo de Geane com o término do relacionamento com o ex-namorado. A Polícia Civil de Sergipe continua a apurar o caso.

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