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Polícia e investigação

Mulher em cárcere privado envia pedido de socorro em bilhete escolar do filho

Avatar De Esimone Pimentel

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Em um caso perturbador, mas repleto de coragem e determinação, uma mulher de 30 anos, mantida em cárcere privado pelo ex-companheiro, conseguiu mandar um pedido de socorro, através de um bilhete, para a professora de seu filho. O episódio ocorreu no bairro Jardim Leblon, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, segundo informações do portal g1.

O recado, simples, porém carregado de desespero, estava inserido no caderno de atividades do filho de apenas 4 anos: “Socorro, liga para a polícia, aí tem meu endereço. Estou sendo agredida tem 4 dias. Não manda mensagem nenhuma”.

A professora, que recebeu o bilhete, compreendeu a gravidade da situação e, prontamente, acionou a Guarda Municipal. Os agentes, se dirigindo ao endereço fornecido, encontraram o suspeito, Renan Santiago, 34 anos.

Santiago, surpreendentemente, abriu o portão para os agentes, que entraram na residência e encontraram a vítima. Ao ser interrogada, ela confirmou a autoria do bilhete, levando o suspeito a receber voz de prisão.

A vítima, cujo nome não foi divulgado, relatou que estava sendo submetida a agressões desde a última sexta-feira (12), quando Santiago invadiu sua casa, fez ameaças e a manteve em cativeiro. A mulher possuía uma medida protetiva contra ele, que parecia não aceitar o fim do relacionamento de dois anos.

Relatou, ainda, que o ex-companheiro ameaçava matá-la na frente do próprio filho, afirmando que a cadeia não seria um obstáculo para ele. “Ameaçava de me matar, falava que ia me matar na frente do meu filho, que não ia dar nada para ele, que ele ia pra cadeia hoje e amanhã estava na rua”, disse à TV Globo.

É importante destacar que Santiago já havia sido preso em flagrante em 26 de abril por ameaçar e agredir a vítima. No momento da prisão, estava usando uma tornozeleira eletrônica.

Atualmente, Santiago encontra-se detido na Delegacia da Mulher de Belo Horizonte, aguardando as devidas providências legais.

Este caso nos lembra, mais uma vez, da importância da vigilância e do apoio comunitário para combater a violência doméstica, um mal que ainda assola nossa sociedade. Através da coragem desta mulher e da ação rápida da professora e da Guarda Municipal, um potencial desfecho trágico foi evitado.

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