Polícia e investigação
Mulher é perseguida pelo marido e morta com cerca de 20 facadas em via pública de Pinhais
Em Pinhais, mulher de 32 anos é morta pelo marido com mais de 20 facadas após enviar filhos à escola. Vizinha testemunha o ato.
Um crime foi registrado na cidade de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, na manhã desta sexta-feira (9), quando Crislaine Matozo de Barros, de 32 anos, foi brutalmente assassinada pelo próprio marido.
O caso ocorreu logo após a vítima preparar seus dois filhos, de 15 e 4 anos, para a escola. Os vizinhos relataram à polícia que a filha mais velha do casal foi para a escola de bicicleta, enquanto a vítima levou o filho mais novo até a van escolar por volta das 8h. Após a saída dos filhos, o casal iniciou uma discussão em frente à casa onde residem.
Testemunhas afirmam que Crislaine tentou fugir para a rua em busca de ajuda, mas foi perseguida pelo marido. Maria Conceição, uma vizinha de 72 anos, presenciou a cena e tentou intervir, sem sucesso. “Eu vi quando ela saiu de casa e foi agredida pelo marido. Ele continuou a atacá-la com uma faca enquanto ela pedia por socorro”, contou a testemunha. Apesar dos apelos, o agressor desferiu mais de 20 facadas na vítima, que não resistiu e faleceu no local.
A Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros foram acionados e chegaram rapidamente ao local, mas encontraram Crislaine já sem vida, com evidências de múltiplas perfurações pelo corpo. O tenente da PM Almeida relatou o socorro prestado e confirmou o óbito da vítima no local do crime.
Investigações preliminares indicam um relacionamento conturbado entre o casal, com sinais de luta corporal e objetos que sugerem tentativas de conter a vítima encontrados na residência.
“Na análise da casa dá pra ver que era um relacionamento conturbado. Foram encontradas algumas fitas e objetos para amarração. A casa também tinha algumas manchas de sangue e câmera de monitoramento. […] A gente acredita que a briga iniciou dentro da residência, ela conseguiu fugir, mas não foi muito longe”, explicou a delegada Géssica Feitosa Moraes de Andrade.
O suspeito foi detido em Morretes, no litoral do Paraná, após confessar o crime à polícia. Ele já havia sido alvo de uma medida protetiva em 2019, revogada por falta de renovação. A Polícia Civil planeja analisar imagens de segurança para auxiliar na investigação, enquanto o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos necessários.
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