A empresária de 35 anos agredida pelo então namorado dentro do elevador de um condomínio em Natal, no dia 26 de julho, mostrou nesta sexta-feira (8) o rosto sete dias após passar por uma cirurgia de reconstrução facial. A intervenção de osteossíntese, realizada no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) em 1º de agosto, durou mais de sete horas e foi classificada como bem-sucedida pela equipe médica. A vítima, que teve alta hospitalar no dia 4, publicou uma foto nas redes sociais e relatou sessões de laserterapia para reduzir o edema e modular a inflamação.
Segundo o HUOL, a paciente sofreu múltiplas fraturas no rosto e no maxilar. O cirurgião-dentista Kerlison Paulino explicou que a complexidade do quadro exigiu o uso de placas mais rígidas, dadas as dificuldades para reduzir e fixar fragmentos ósseos no posicionamento adequado. A avaliação clínica aponta a possibilidade de sequelas devido à extensão das lesões, e o acompanhamento multiprofissional seguirá durante a recuperação.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil e tramita na Justiça do Rio Grande do Norte. O autor, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva após a audiência de custódia. Em 7 de agosto, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público, e ele passou a responder por tentativa de feminicídio. Em nota divulgada pela defesa, o réu pediu perdão e atribuiu a conduta ao uso de substâncias e instabilidade emocional.
As imagens do circuito interno do condomínio mostram ao menos 60 socos contra a vítima dentro do elevador. O porteiro acionou a Polícia Militar ao identificar a agressão pelas câmeras. De acordo com a Polícia Civil, o crime foi motivado por ciúmes após uma discussão em área comum do edifício, onde o casal estava com amigos.
Após o primeiro atendimento no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, a vítima foi encaminhada para avaliação e tratamento definitivo das fraturas faciais. No HUOL, a cirurgia de reconstrução visou restabelecer a funcionalidade e a estética do rosto. A paciente segue em recuperação ambulatorial, com terapias complementares, e o processo criminal contra o suspeito permanece em curso, com prisão preventiva mantida até nova deliberação judicial.
