Uma situação inusitada e de repercussão na Bahia levou uma mulher a acionar a Justiça do Trabalho após alegar ter sofrido assédio moral e discriminação. O motivo da ação é a chacota e o tratamento desrespeitoso que ela afirma ter recebido de colegas e superiores por ter solicitado uma licença para cuidar de um “bebê reborn”, uma boneca hiper-realista.
O caso, que tramita na Justiça baiana, teve início quando a funcionária, cuja identidade não foi revelada, manifestou o desejo de ter um período de afastamento para se dedicar aos cuidados de sua boneca reborn, com a qual possui um vínculo afetivo. A solicitação, embora incomum do ponto de vista tradicional das licenças trabalhistas, teria gerado um ambiente de zombaria e humilhação no local de trabalho.
De acordo com as informações apuradas, a mulher se sentiu profundamente ofendida e constrangida com a atitude da empresa e de seus colegas, que teriam transformado seu vínculo com o bebê reborn em motivo de chacota constante. O assédio moral, caracterizado por situações vexatórias e repetitivas que expõem o trabalhador a situações constrangedoras, é o cerne da ação judicial movida pela funcionária.
O processo busca reparação pelos danos morais sofridos e levanta um debate sobre os limites da compreensão e do respeito às particularidades individuais no ambiente corporativo. A defesa da trabalhadora argumenta que, independentemente da natureza do objeto de afeto, o tratamento discriminatório e o assédio são inaceitáveis e ferem os direitos fundamentais do indivíduo.
A Justiça do Trabalho da Bahia agora analisará o mérito da questão para determinar se houve, de fato, a prática de assédio moral e discriminação contra a funcionária em razão de seu apego ao bebê reborn. O desfecho do processo será acompanhado para entender as implicações legais de casos que envolvem aspectos da vida pessoal e sua repercussão no ambiente profissional.