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Polícia e investigação

MPT processa Correios por assédio moral organizacional na Bahia

Avatar De Redação Portal Chicosabetudo

Publicado

em

Correios

Uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia processa os Correios por assédio moral organizacional. O processo segue na 16ª Vara do Trabalho de Salvador, mas afeta todo o Brasil. O caso vem sendo investigado desde 2014 e, em 2020, se tornou uma ação. O MPT solicitou a interrupção do caso para tentar intermediar um acordo entre a organização e os funcionários, mas sem êxito, o que leva a ação a ser retomada agora.

A denúncia revela que há uma atmosfera de conflito no local de trabalho, com abuso de autoridade para fins disciplinares, o que resulta em um grande número de problemas de saúde e afastamentos do trabalho por questões previdenciárias. Os funcionários apontaram o setor jurídico como um dos focos do assédio. O chefe da equipe é acusado de exercer pressão fora do comum, perseguir os trabalhadores, dividir as tarefas de forma injusta, além de ter comportamento abusivo. Há e-mails como depoimentos e provas no processo. O MPT diz que a empresa não tentou impedir o assédio.

O inquérito aponta que havia uma rotina de convocar reuniões para repreensões, nas quais os funcionários não tinham voz ativa. As investigações confirmam as acusações, segundo o órgão. O MPT resolveu dividir o inquérito em duas partes para encontrar mais informações sobre o assédio estrutural nos Correios e avançar com uma ação civil pública que pede a melhoria do ambiente de trabalho em seus aspectos ergonômicos, que seguiu de forma independente. 

O procurador Ilan Fonseca ficou responsável pelo caso e envolveu outros órgãos e entidades da sociedade civil, como Ordem dos Advogados do Brasil, Cerest Salvador, Cremeb e Associação dos Procuradores dos Correios, mas sem chegar a um consenso. 

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