A Justiça de Minas Gerais decretou a prisão temporária da mãe Lauriza Pereira de Brito, de 24 anos, e do padrasto, Deivisson Moreira, de 39, suspeitos da morte de Arthur Pereira Alves, de 9 anos, em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, as agressões ocorreram em 21 de agosto no bairro Flávio Marques Lisboa, na região do Barreiro. A criança foi levada ao Hospital Júlia Kubitschek dois dias depois, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em 23 de agosto.
Dias antes do crime, Arthur foi filmado cantando a música “Um Novo Dia Virá”, de Rayne Almeida, versão em português de “Someone You Loved”. As imagens, divulgadas pela Itatiaia, repercutiram nas redes e adicionaram comoção ao caso [Itatiaia].
Em coletiva nesta quinta-feira (16/10), a Polícia Civil detalhou a investigação. De acordo com o delegado Evandro Radaelli, a mãe confessou as agressões e afirmou ter “passado do ponto”. Testemunhas relataram que vizinhos ouviram pedidos de socorro da criança antes de ela ser levada ao hospital. Exames apontaram lesões incompatíveis com a versão inicial de queda na escola, como hematomas múltiplos e sinais de hemorragia.
A Polícia Civil e veículos locais também registraram relatos de maus-tratos anteriores e negligência no contexto familiar. Segundo publicações, os dois irmãos de Arthur — um menino de 6 anos e um bebê de 6 meses — foram acolhidos pelo Conselho Tutelar. Há ainda menções de que o casal seria usuário de drogas, o que é apurado pelos investigadores. O padrasto nega ter presenciado as agressões, mas a polícia investiga possível omissão; portais indicam que o caso pode ser analisado à luz da Lei Henry Borel, que equipara omissão à prática do homicídio em contexto de violência contra crianças e adolescentes.
A Justiça determinou a prisão temporária do casal, e a Polícia Civil segue com diligências para ouvir novas testemunhas e aguardar laudos periciais. A mãe já havia sido presa em flagrante por tráfico de drogas em anos anteriores, segundo a corporação. O padrasto, de acordo com a polícia, não tinha registros criminais. Os nomes completos e localizações de custódia foram informados por veículos de imprensa locais com base nas decisões judiciais e em dados oficiais.
As autoridades reforçam que qualquer suspeita de violência contra crianças e adolescentes deve ser comunicada imediatamente aos canais competentes, como o Disque 100 (Direitos Humanos), além do Conselho Tutelar e da Polícia Militar (190) em casos de emergência.
No momento, mãe e padrasto permanecem presos temporariamente enquanto a Polícia Civil conclui o inquérito, com base em depoimentos, laudos e demais provas reunidas pelo Departamento de Homicídios.


