Um médico foi alvo de agressão física na primeira noite dos festejos juninos em Irecê, cidade localizada no Centro Norte da Bahia. O incidente ocorreu dentro de um camarote privado durante o São João do município. A vítima, identificada como Hebert Ruan, formalizou um boletim de ocorrência e denunciou a organização do espaço por não ter prestado proteção nem assistência após o ocorrido. Fotos divulgadas em redes sociais exibem hematomas no rosto do profissional.
Detalhes do Incidente
O episódio de violência, que chamou a atenção nas redes sociais, teve início após um mal-entendido, conforme relato do próprio médico à rádio Líder FM. Hebert Ruan explicou que a agressão se deu depois que uma mulher, de forma acidental, atingiu o rosto de um dos agressores com um chapéu que pertencia ao médico.
“A menina pegou meu chapéu e essa pessoa saiu com o chapéu. Eu visualizei à distância. Fui buscar o chapéu. Ainda fui brincando e filmando. No reflexo, ela puxou e pegou no rosto de um dos agressores. Aí um amigo desse agressor já veio para cima com briga, com murro”, narrou Hebert Ruan à emissora.
Apesar de o chapéu ter sido manuseado pela mulher, um dos acusados teria atribuído a ação diretamente ao médico, culminando nas agressões. Imagens que circulam em plataformas digitais mostram Hebert Ruan com visíveis lesões faciais.
Organização do Camarote Questionada
O médico também expressou indignação com a conduta da organização do camarote. Segundo ele, não houve intervenção para coibir a violência nem qualquer suporte posterior ao ataque. Mais grave ainda, Hebert Ruan relatou ter sido informado de que os mesmos indivíduos responsáveis pelas agressões voltaram a frequentar o mesmo camarote em dias subsequentes da festa junina.
O espaço VIP, que prometia uma “visão privilegiada” e estrutura de qualidade durante os seis dias de evento, entre 18 e 23 de junho, também tem sido alvo de outras reclamações. Frequentadores apontam problemas como mau atendimento, cobranças indevidas e falta de opções de bebida.
O boletim de ocorrência foi registrado contra os dois agressores e, especificamente, contra a organização do camarote, evidenciando as alegações de omissão e descaso. A Polícia Civil da Bahia deve investigar o caso para apurar as responsabilidades.