Era para ser mais uma tarde comum de segunda-feira. Mas, às 13h13 do dia 4 de agosto de 2025, a rotina tranquila de quem passava pela Avenida Brasil, bem pertinho da feira livre, virou cena de filme de ação — só que sem final feliz. Um homem entrou armado na Casa Lotérica Paulo Afonso da Sorte, rendeu as funcionárias e saiu em poucos minutos com um saco de dinheiro. Rápido demais para quem assistiu; lento demais para quem estava sob a mira de uma arma.
Câmeras que registram, corações que aceleram
Talvez você já tenha cruzado com o vídeo nas redes sociais. Ele mostra o instante em que o assaltante atravessa a porta, aponta a arma, exige o dinheiro do caixa e, sem sequer olhar para trás, foge. Frieza é pouco para definir a expressão do criminoso — e o pânico de quem ficou.
O detalhe que dói: a lotérica estava cheia de clientes cuidando da vida, pagando contas, apostando na sorte ou simplesmente esperando a vez. Tudo em funcionamento normal… até deixar de estar.
“Cidade segura”, mas não imune
Paulo Afonso aparece no Anuário 2024 de Cidades Mais Seguras do Brasil como a terceira cidade mais segura da Bahia entre as que têm mais de 100 mil habitantes. A taxa de homicídios é de 36,4 por 100 mil habitantes, bem abaixo da média estadual e até da média do Nordeste. Mas segurança, você sabe, não é armadura invencível. Incidentes como esse lembram que estatísticas consolam, mas não blindam.
E agora?
Até agora, ninguém foi preso. A Polícia Civil analisa as imagens para identificar o assaltante e rastrear cada passo dele. O sentimento que fica entre comerciantes e moradores é o mesmo: mistura de medo e indignação. Afinal, quem não se pergunta se poderia ter sido vítima ali, na fila da lotérica?
Enquanto as investigações avançam, o episódio deixa um recado claro: por mais que os números pintem um quadro relativamente seguro, basta um único ato de violência para estremecer a confiança de toda uma comunidade. E você, que frequenta o centro, já pensou em como se proteger — sem deixar de viver a cidade?