Um caso que chocou a Bahia e envolve um motivo inacreditável voltou aos holofotes: o julgamento dos cinco indivíduos acusados pelo brutal assassinato do médico pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira começou nesta terça-feira (26). O júri popular está sendo realizado no fórum de Xique-Xique, no Centro-Oeste da Bahia, buscando justiça para um crime que tirou a vida do profissional em setembro de 2021 na cidade da Barra.
O Motivo Chocante e os Acusados
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a motivação para o crime é algo que desafia a compreensão. Um dos réus, Diego Santos Silva, mais conhecido como “Diego Cigano”, teria encomendado a morte do médico por desconfiar que ele teria olhado para sua companheira durante uma consulta. Uma acusação de assassinato por um motivo tão fútil.
“Diego Cigano” é apontado como o mandante do homicídio. Entre os outros réus que enfrentam o júri estão:
- Jefferson Ferreira da Silva, identificado como o homem que efetuou os disparos.
- Ranieri Magalhães Borges, acusado de pilotar a motocicleta usada na fuga.
- Adeilton de Souza Borges e Fernanda Lima da Silva, ambos apontados como “olheiros” na cena do crime, ajudando a monitorar o local.
Os Detalhes do Crime
O Dr. Júlio César foi assassinado na manhã de 23 de setembro de 2021, dentro de sua própria clínica, localizada no Centro de Barra, no Oeste baiano. As câmeras de segurança do local registraram o momento impactante em que Jefferson, usando um capacete, entra no consultório e atira quatro vezes contra o médico. Pessoas que aguardavam atendimento foram pegas de surpresa por tamanha violência.
Ainda segundo a acusação, Adeilton e Fernanda teriam desempenhado papéis cruciais como olheiros, marcando uma falsa consulta para acompanhar os movimentos no local e facilitar a ação dos criminosos.
Um Homicídio “Contratado”
As investigações do Ministério Público do Estado (MP-BA) sugerem que o assassinato foi um homicídio contratado. Jefferson Ferreira e Ranieri Borges teriam recebido R$ 2 mil cada para cometer o crime. Já Adeilton Borges teria tido uma dívida perdoada por “Diego Cigano” como forma de pagamento por sua participação.
A expectativa é que este julgamento, que teve início nesta terça-feira, se estenda até a próxima quinta-feira (28), no mesmo fórum em Xique-Xique, onde a justiça busca dar uma resposta a este crime brutal e seus desdobramentos tão incomuns.