Jequié, no Médio Rio de Contas, no Sudoeste da Bahia, registrou 60 mortes violentas em 2025. Os dados foram apresentados pelo delegado regional Roberto Leal, coordenador da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), durante a inauguração integrada da Delegacia Territorial e do Pelotão da Polícia Militar em Cravolândia, no domingo (31).
O que as autoridades têm feito para responder a essa escalada de violência? Segundo o delegado, houve avanço nas investigações: cerca de 40% dos homicídios já foram elucidados. Até agora, 21 pessoas foram presas sob suspeita de participação nos crimes e 3 suspeitos morreram em confrontos com a polícia.
Principais linhas de investigação
A Polícia Civil aponta que a maior parte dos casos está ligada à disputa entre facções pelo controle do tráfico de drogas na região. Entre os registros há também um feminicídio cuja investigação foi concluída pelas autoridades.
Para intensificar as apurações, foram criadas unidades específicas: a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) e o Núcleo de Homicídios. Essas equipes conduziram diversas operações nas últimas semanas.
Uma das ações, a operação Ice Blue, resultou em cinco prisões, na apreensão de R$ 50 mil e em grande quantidade de entorpecentes — medidas que, segundo a polícia, visam desarticular a estrutura do tráfico na região.
Como disse o delegado Roberto Leal: “A partir do aumento de homicídios no início do ano, foram desencadeadas ações para identificar e prender os autores. Nossa avaliação é de que o tráfico de drogas motivou a maioria dos crimes, por isso mantivemos operações tanto contra o tráfico quanto na investigação dos homicídios”.
As autoridades afirmam que as investigações e as operações de repressão ao tráfico e de elucidação dos homicídios vão prosseguir na região. A expectativa é manter o ritmo das ações para tentar reduzir os episódios de violência e trazer respostas às famílias atingidas.