Quem vive em Jeremoabo ainda tenta entender o que, de fato, aconteceu na manhã desta terça-feira (22). Em poucos minutos, o silêncio da 3ª Companhia da Polícia Militar foi quebrado por gritos, luta corporal e disparos. Paulo Henrique, 29 anos, entrou no quartel com uma faca, tentou ferir um policial e acabou morto pela reação dos colegas de farda.
Um pedido de “atendimento” que virou ameaça
Eram cerca de 8 h quando Paulo Henrique se aproximou do portão principal e disse que precisava falar com um policial. Tudo parecia rotineiro, até que ele puxou a faca escondida na cintura e avançou contra o sargento que estava de plantão. Houve lutar corporal e por sorte, dois colegas correram para ajudar. Mesmo cercado, o invasor continuou desferindo golpes. Foi nesse momento que um dos PMs atirou. Paulo Henrique caiu ainda dentro do pátio; o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou rápido, mas não havia o que fazer. Nenhum policial ficou gravemente ferido.
Quem era Paulo Henrique?
Familiares contaram que ele fazia uso de medicação controlada para transtornos psiquiátricos e que, nos últimos dias, demonstrava mudanças bruscas de humor. Não havia passagens pela polícia; ao contrário, era presença frequente no Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Vizinhos o descrevem como “calmo, mas às vezes distante”. O que teria desencadeado o ataque? Ainda não se sabe.
Investigação em andamento
O comando do 20º Batalhão da PM, responsável pela companhia de Jeremoabo, está apurando todos os detalhes da ocorrência. O objetivo é avaliar e entender o que aconteceu. Além disso, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para realizar a perícia no local, incluindo a análise balística e a coleta de imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado a ação.
Em breve mais informações sobre o caso.
