A situação de Cleydson Cardoso Costa Filho, filho da vereadora Débora Santana (PDT), ganhou um novo capítulo. Sua defesa entrou com um pedido de Habeas Corpus (HC) no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), buscando reverter a prisão após o empresário ser acusado de atropelar o atleta Emerson Silva Pinheiro, em Salvador, no último dia 16 de agosto. O caso, que tramita sob segredo de justiça, mantém em sigilo tanto os argumentos da solicitação quanto o seu desfecho, deixando muitos questionamentos no ar.
Pressão Crescente e Histórico Revelado
Essa movimentação jurídica por parte da defesa de Cleydson não surgiu do nada. Ela acontece em meio a uma pressão crescente, especialmente depois que a equipe de advogados de Emerson Pinheiro apresentou uma petição robusta. Esse documento, protocolado na 1ª Vara das Garantias de Salvador, não apenas pedia a habilitação como “amigo da corte” (ou *amicus curiae*) no processo, mas também trazia à tona um histórico preocupante de conduta perigosa no trânsito atribuído a Cleydson Cardoso Costa Filho. A falta de informações públicas sobre o HC, aliás, tem gerado incômodo e levou a imprensa a questionar o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a própria defesa, sem sucesso até agora.
A petição dos advogados de Emerson Pinheiro – assinada por quatro profissionais – é um retrato de comportamentos negligentes e repetitivos ao volante. E não é só o documento que diz isso: o ex-padrasto de Cleydson, o apresentador Uziel Bueno, corroborou publicamente essas informações. O que a petição revela? Que nos últimos meses, Cleydson Cardoso Costa Filho acumulou nada menos que seis infrações por excesso de velocidade registradas pela Transalvador, resultando em multas de valores que não são nada baixos.
Mas as infrações recentes não são um caso isolado. O acusado já é réu em duas outras ações indenizatórias, também fruto de acidentes de trânsito. Em uma delas, o Condomínio Casas do Bosque busca reparação por danos materiais e morais após Cleydson ter colidido contra o muro do empreendimento. A outra ação foi movida por um casal de idosos, cujo veículo foi atingido na traseira pelo carro de Cleydson em maio de 2022, causando danos e um grande abalo emocional para eles.
Próximos Passos e a Resposta da Defesa
Para clarear ainda mais o caso e fortalecer a acusação, os advogados de Emerson Pinheiro pediram à justiça que fossem oficiados o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) – para obter todo o histórico de habilitação e multas do motorista – e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) – para requisitar imagens de videomonitoramento do Centro de Operações e Inteligência que possam ter registrado o trajeto do veículo na noite e madrugada do acidente. Enquanto esses desdobramentos legais acontecem, Cleydson Cardoso Costa Filho permanece detido no Complexo Penitenciário de Mata Escura desde o dia do acidente. É importante lembrar que, em 21 de agosto, ele foi exonerado do cargo de secretário parlamentar da vice-liderança da Minoria, que exercia no gabinete do deputado Pedro Tavares (União) na Assembleia Legislativa da Bahia.
Questionado sobre o caso, o advogado de defesa de Cleydson Cardoso Costa Filho fez uma declaração curta, mas impactante:
“É compreensível o interesse da sociedade e da imprensa pelo episódio, mas a defesa não irá contribuir para a espetacularização da tragédia.”
Os próximos capítulos do pedido de Habeas Corpus e das investigações sobre o histórico de Cleydson seguem no aguardo de novas decisões judiciais. A população baiana, por sua vez, acompanha de perto, atenta às implicações deste caso para a segurança viária e a aplicação da justiça no trânsito.