Familiares de Paulo Colombiano e Catarina Galindo, um casal assassinado em Salvador em 2010, planejam uma manifestação para esta sexta-feira (27). O protesto ocorrerá em frente ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), na capital baiana, a partir das 8h. O objetivo é pressionar por um júri popular para os supostos mandantes do crime, que já teriam sido identificados pela polícia.
De acordo com Geraldo Galindo, irmão de Catarina e uma das figuras centrais na organização do movimento, a exigência é clara: um julgamento imediato.
“O que estamos exigindo é simples: juri popular imediato. Os mandantes e executores estão identificados há anos. Não há motivo jurídico que justifique tamanha lentidão. É mais do que tempo de pôr fim a essa vergonha e fazer justiça”
, declarou Galindo.
A organização do evento espera que o ato desta sexta-feira seja o maior já realizado em relação ao caso. No ano anterior, uma manifestação similar ocorreu em frente ao Fórum Ruy Barbosa, situado no bairro do Campo da Pólvora, também com a finalidade de cobrar o andamento do processo judicial.
Relembre o crime
Paulo Colombiano, que atuava como tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários de Salvador, e sua esposa, Catarina Galindo, foram mortos a tiros no dia 28 de junho de 2010, no bairro de Brotas, em Salvador. As investigações da Polícia Civil apontaram que o casal foi vítima de uma execução encomendada.
A apuração policial indicou que os empresários e irmãos Claudomiro César Ferreira Santana e Cássio Antônio Ferreira Santana, proprietários da empresa de saúde MasterMed, teriam sido os responsáveis por ordenar os assassinatos. A MasterMed prestava serviços ao sindicato. O motivo do crime, conforme as investigações, estaria ligado à descoberta e denúncia, por parte de Colombiano, de um esquema de desvio de recursos da entidade, cujo valor era estimado em mais de R$ 34 milhões.
Os indivíduos identificados como executores do duplo homicídio foram Adaílton de Jesus, Edilson Duarte de Araújo e Wagner Luiz Lopes de Souza. Eles foram indiciados e chegaram a ser detidos preventivamente em 2012, mas atualmente respondem ao processo judicial em liberdade.
A mobilização atual visa dar celeridade ao processo e garantir que todos os envolvidos, incluindo os supostos mandantes, sejam julgados pelo Tribunal do Júri, conforme a demanda dos familiares.