O sepultamento de Raíssa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, Miss Serra Branca Teen 2020, teve sua data e horário alterados devido a problemas com o voo que transportaria seu corpo de São Paulo para Aracaju. A família divulgou um comunicado oficial informando sobre o adiamento:
Prezados,
Pedimos desculpas pelo transtorno e viemos informar que houve atraso e adiamento no voo que translada o corpo de Raissa de São Paulo para Aracaju.
A previsão de chegada do corpo em Paulo Afonso é hoje, 12/06, às 17h30.
Sairemos da PRF diretamente para o ginásio, onde ocorrerá o funeral/velório.
O enterro acontecerá amanhã, 13/06, pela manhã.
Agradecemos o apoio de todos. Qualquer nova informação será prontamente comunicada.
Atenciosamente,
Família de Raissa Suellen.
Inicialmente previsto para as 9h desta quinta-feira (12) no Ginásio de Esportes Luiz Eduardo Magalhães, em Paulo Afonso (BA), o velório foi remarcado para as 17h30 do mesmo dia, logo após a chegada do corpo. O sepultamento, que aconteceria às 16h de hoje, foi transferido para a manhã de sexta-feira (13), no cemitério local.
Caso Raíssa:
Raíssa, natural de Paulo Afonso, vivia em Curitiba há cerca de três anos e se preparava para se mudar para Sorocaba (SP), onde havia recebido uma proposta de trabalho. Ela era conhecida pelo engajamento em projetos sociais e pela simpatia nas redes sociais, onde atuava como influenciadora digital e divulgava conteúdos de beleza e estética. Recentemente, havia iniciado um curso superior de Estética.
A jovem foi encontrada morta na última segunda-feira (9), em uma área de mata em Araucária, região metropolitana de Curitiba, após oito dias desaparecida. Segundo a Polícia Civil do Paraná, o principal suspeito do crime é o humorista e motorista de aplicativo Marcelo Alves, de 41 anos, amigo de infância de Raíssa. Ele confessou o assassinato e está preso. De acordo com as investigações, Marcelo convidou Raíssa para almoçar sob o pretexto de ajudá-la profissionalmente, declarou-se apaixonado e, ao ser rejeitado, a estrangulou com uma abraçadeira plástica. O corpo foi enrolado em uma lona e, com a ajuda do filho, transportado até a área de mata onde foi enterrado.
Durante o período em que Raíssa esteve desaparecida, Marcelo manteve contato com a família da vítima, chegando a oferecer hospedagem para parentes que foram a Curitiba ajudar nas buscas. A advogada da família, Carina Goiatá, afirmou que o suspeito tentou enganar os familiares, dizendo que Raíssa teria saído de casa por vontade própria.
A delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, informou que a polícia trabalha com a hipótese de feminicídio, já que o crime teria sido motivado pela recusa de Raíssa em manter um relacionamento amoroso com o suspeito. A perícia ainda investiga se houve violência sexual antes ou depois da morte, o que pode agravar a pena do acusado. O filho do suspeito, que ajudou a ocultar o corpo, foi liberado após pagamento de fiança.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Paraná, que aguarda laudos periciais para concluir o inquérito.