A polícia do Equador realizou uma operação na embaixada mexicana em Quito, capturando o ex-vice-presidente Jorge Glas. Refugiado no local desde dezembro, ele havia sido condenado a seis anos por envolvimento em corrupção com a Odebrecht e recebido asilo político do México.
Esta ação levou o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, a cortar as relações diplomáticas com o Equador. López Obrador alegou que a operação representa uma grave violação à soberania mexicana e ao direito internacional, lembrando que, conforme o artigo 31 da Convenção de Viena, embaixadas são consideradas territórios nacionais e invioláveis.
O incidente segue-se à decisão do Equador de declarar a embaixadora mexicana no país, Raquel Serur, como “persona non grata” e ordenar sua partida. Por sua vez, Glas, que foi vice de Rafael Correa entre 2007 e 2017, já cumpria pena pelo escândalo da Odebrecht. Além disso, enfrenta acusações por suposto desvio de fundos destinados à reconstrução após um terremoto em 2016.