Polícia e investigação
“É um monstro da pior espécie”, diz pai de Lázaro Barbosa, o ‘serial killer’ do DF
O aposentado de 57 anos, que leva uma vida simples no município goiano de Girassol, disse ter ficado arrasado ao saber dos últimos acontecimentos envolvendo o filho. “Um monstro da pior espécie”. Foi assim que o pai de Lázaro Barbosa, serial killer procurado no Distrito Federal, definiu o filho, com quem não convive há muito tempo.
“Esse monstro, eu registrei, mas quando as pessoas falam ‘o seu filho’, aquilo me estremece todo. Não dá vontade nem de ficar mais na Terra. Eu estou arrasado. Se eu vê-lo por aí, eu nem conheço mais”, lamentou.
Lázaro é acusado de matar, a tiros e facadas, três pessoas na zona rural de Ceilândia no último dia 9 de junho. Os mortos eram Cláudio Vidal de Oliveira, de 48 anos, e os filhos Gustavo Marques Vidas, de 21 anos, e Carlos Eduardo Marques Vidal, de 15 anos. O foragido também é acusado de participar do sequestro da mulher de Cláudio, Cleonice Marques de Andrade. O corpo dela foi encontrado no dia 12 à beira de um córrego, próximo da casa onde a família morava. No mesmo dia, Lázaro fugiu de um cerco policial na cidade de Cocalzinho. Ao fugir, ele trocou tiros com agentes e ateou fogo em uma casa.
“O que mais me dói é o desespero que aquela família sentiu e o que ele fez com aquela pobre mulher. Isso não é gente. Isso é um monstro da pior espécie”, disse o pai de Lázaro.
Aposentado por invalidez, ele contou ter se casado com a mãe de Lázaro quando tinha apenas 17 anos. O relacionamento dos dois foi conturbado, marcado por brigas. Quando o casal se separou, Lázaro Barbosa e o irmão mais novo eram crianças. A mãe deles, de acordo com o aposentado, se envolveu com um criminoso. De acordo com ele, esse seria o motivo para que os dois filhos seguissem o caminho do crime.
O último encontro dele com o filho ocorreu há seis anos. “Só me visitou e foi embora. Foi quando ele teve uma fuga aí. E eu com o coração na mão, doente. Só não morri ainda porque acho que Deus não quis”, disse o homem.
Secretário de segurança classificou o foragido como “psicopata”
Em entrevista na segunda-feira (14), o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Marques, classificou o foragido como “psicopata”. “Ele, além de ser um psicopata, é da região. É o que nós chamamos de ‘mateiro’, acostumado a se emburacar no mato Ele deve ter outra motivação psicótica. Está muito focado em seguir na trajetória criminosa. Mas vamos chegar até ele”, afirmou.
Nascido na cidade baiana de Barra do Mendes, a 530 quilômetros de Salvador, Lázaro já respondeu, na cidade natal, a um processo por homicídio quando tinha 20 anos. Em 2011, já em Ceilândia, ele foi condenado por estupro e roubo com emprego de arma. Ele chegou a ser preso em 2018, em Águas Lindas de Goiás, mas fugiu do encarceramento poucos meses depois.
Mais de 200 agentes de segurança estão procurando Lázaro, foragido há uma semana. A Polícia Militar usa helicópteros, cães farejadores e conta com auxílio da Polícia Federal e Civil.
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