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    Condenado por matar "João do Relógio" em Ribeira do Pombal é preso em Salvador

    Sentença destaca a execução brutal de "João do Relógio": vítima foi atraída para emboscada, alvejada na cabeça e teve o corpo queimado ainda com vida.

    22/11/2025 às 03:21

    O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu na última sexta-feira (7 de novembro de 2025) um mandado de prisão em Salvador contra Max de Aquino de Sousa. Condenado a 34 anos de reclusão, Max de Aquino estava foragido desde agosto de 2024, quando foi sentenciado pelos crimes de latrocínio e corrupção de menores cometidos em 2018, na cidade de Ribeira do Pombal, na Bahia.

    A operação, que o MPBA denominou de "Sinapse" em seus canais oficiais, resultou da cooperação interinstitucional entre os Gaecos baiano e mineiro, e contou com o suporte do Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) da Polícia Militar da Bahia (PMBA) para a efetivação da captura.

    A sentença, proferida pela Vara Criminal de Ribeira do Pombal após denúncia do MPBA, detalhou a extrema crueldade na execução da vítima, João Batista dos Santos, popularmente conhecido como “João do Relógio”. De acordo com os autos, Max de Aquino de Sousa e outros envolvidos atraíram a vítima para uma emboscada. Após subtrair seus pertences, o grupo alvejou João Batista dos Santos na cabeça e ateou fogo em seu corpo ainda com vida.

    O Judiciário destacou que o crime foi cometido mediante traição, emboscada e com o uso de arma de fogo, elementos que agravaram a pena.

    Vínculo com o PCC e Ligação com Operação em Minas Gerais

    Max de Aquino de Sousa é suspeito de ser um membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Sua identificação como um possível elo do PCC ocorreu durante investigações realizadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) relacionadas à ‘Operação All-in’.

    A ‘Operação All-in’ é conhecida por mirar organizações criminosas e o tráfico internacional de drogas, indicando que as investigações mineiras buscavam desmantelar estruturas de crime organizado. A colaboração entre os Ministérios Públicos da Bahia e de Minas Gerais foi crucial para rastrear e localizar o condenado, que já havia sido identificado como um fugitivo de alta periculosidade.

    Em 2018, ano do crime, Max de Aquino chegou a ser preso em Salvador por roubo, cerca de dois meses após fugir de Ribeira do Pombal. Na ocasião, o mandado de prisão em aberto, lavrado pela Comarca de Ribeira do Pombal, foi cumprido.

    Com o cumprimento do mandado de prisão definitiva na última semana, Max de Aquino de Sousa foi recolhido ao sistema prisional baiano para cumprir a pena em regime fechado.