A Bahia registrou um aumento superior a 530% nas apreensões de cocaína ao longo da última década, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (24) pelo Anuário da Segurança Pública. Em 2024, a Polícia Federal (PF) confiscou 3.488,14 kg da droga no estado, um crescimento de 538,9% em comparação com o volume apreendido em 2013.
O estado figurou como o terceiro do Brasil com o maior incremento nas quantidades de cocaína retidas, sendo superado apenas por Piauí, que apresentou uma alta de 1.246,4%, e Santa Catarina, com 1.100,4% de elevação. A média nacional no mesmo período indicou um acréscimo de 78,5% nas apreensões, com um total de 74.501,02 kg de cocaína confiscados em todo o país no ano passado.
Contraste nas apreensões
Em sentido oposto à tendência da cocaína, as apreensões de maconha apresentaram uma queda acentuada na Bahia, com uma redução de 94,1% no período analisado. Entre 2023 e 2024, a diminuição foi ainda mais significativa, com o volume retido caindo de 6.245,53 kg para 99,17 kg, uma retração de 98,4%.
A situação das apreensões de maconha na Bahia difere do cenário nacional. No Brasil, a PF registrou a apreensão de 482.972,95 kg da substância em 2024, um aumento de 117% se comparado a 2013. Além disso, os dados da PF para maconha divergem dos apresentados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) ao estudo, que apontam 5.114,00 kg apreendidos pelas forças policiais estaduais no ano passado, representando uma redução de 12,9% frente a 2023.
Tráfico de drogas
No que se refere às ocorrências de tráfico de drogas por 100 mil habitantes, a Bahia se posicionou como o terceiro estado com as menores taxas do Brasil. O Anuário registrou 45,4 casos de tráfico para cada 100 mil habitantes no território baiano, ficando atrás somente de Alagoas (33,7) e Maranhão (23,3).
Em números absolutos, a Bahia ocupou o sétimo lugar nacional em ocorrências de tráfico de drogas, com 6.737 casos reportados. São Paulo liderou o ranking com 37.753 ocorrências.