Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, conhecido nacionalmente como o “canibal de Garanhuns”, voltou a chamar atenção após aparecer em um vídeo gravado dentro da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Recife. Nas imagens, publicadas nas redes sociais, Jorge se apresenta como pastor evangélico, com um violão nas costas, e afirma ter passado por uma transformação espiritual, declarando-se uma “nova criatura em Cristo”.
O caso dos “canibais de Garanhuns” marcou o Brasil em 2012, quando Jorge, ao lado de Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva, foi preso e condenado por assassinar, esquartejar e consumir carne humana, além de vender salgados feitos com partes das vítimas. O trio fazia parte de uma seita chamada Cartel, que pregava a purificação do mundo e a redução populacional por meio de rituais macabros. As vítimas, Jéssica Camila da Silva Pereira, Giselly Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão, foram mortas entre 2008 e 2012, e seus corpos foram encontrados enterrados no quintal da casa onde o grupo morava em Garanhuns, Pernambuco.
Após a prisão, o trio foi condenado em júri popular. Jorge Beltrão cumpre pena de mais de 70 anos de reclusão, enquanto Isabel e Bruna também permanecem presas, atualmente na Colônia Penal Feminina de Buíque. O caso ganhou repercussão internacional e foi tema de livros, reportagens e debates sobre saúde mental, rituais criminosos e segurança pública.
O vídeo recente, gravado dentro da unidade prisional, mostra Jorge afirmando ter se convertido e agora atuar como pastor evangélico, o que gerou grande repercussão nas redes sociais e levantou discussões sobre ressocialização e mudanças de comportamento no sistema prisional.
Atualmente, Jorge Beltrão segue cumprindo pena em regime fechado, assim como as demais envolvidas no caso, e o episódio segue sendo um dos crimes mais emblemáticos da história criminal brasileira.