O caminhoneiro investigado pela morte de Reynan Neves Santana, de dois anos, durante um acidente em Itanhém, no sul da Bahia, alegou não ter visto o momento em que a motocicleta conduzida pela mãe da criança caiu. O delegado Moisés Damasceno, coordenador regional da Polícia Civil, informou que o motorista já se apresentou, acompanhado de seu advogado, e será ouvido durante a semana.
O acidente ocorreu na manhã de sábado (6), quando Maria Luiza, mãe de Reynan, tentava ultrapassar o caminhão na estrada de terra enquanto voltava para casa após visitar o pai. Segundo ela, o motorista realizou uma manobra que jogou o veículo contra sua motocicleta, fazendo com que perdesse o equilíbrio e caísse. A criança morreu no local.
A mãe relatou que o caminhão subia em meio a muita poeira, o que dificultava a visibilidade. Após o acidente, o caminhoneiro teria deixado o local sem prestar socorro. O delegado destacou que a investigação também examinará a conduta de Maria Luiza, pois transportar crianças menores de dez anos em motocicletas é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro.
Maria Luiza recebeu alta após ser atendida no Hospital Municipal Maria Moreira Lisboa, mas ainda sente dores pelo corpo e enfrenta grande sofrimento emocional pela perda do filho único. O menino foi sepultado no domingo (8), no cemitério local, sob forte comoção.
