O homem acusado de matar e concretar o corpo de uma namorada em Vila Velha, no ano de 2005, foi preso na cidade Porto Seguro, na Bahia, na sexta-feira (26). A polícia do Espírito Santo informou, nesta segunda-feira (29), que Eguimar Ferreira de Souza estava trabalhando normalmente na cidade como pedreiro, mas costumava se mudar para não ser localizado.
A vítima é Adriana da Silva Breda, na época com 32 anos, que mantinha um caso amoroso com Eguimar. Ela era auxiliar de serviços gerais na Ciretran de Vila Velha, foi assassinada depois de sair do trabalho.
Eguimar escondeu o corpo no porão da casa dele, construiu uma parede e passou por cima uma camada de cal. Ele ainda viveu nessa mesma residência por alguns anos.
O corpo só foi descoberto no ano de 2014, depois que o comprador da casa onde ocorreu o crime encontrou um esqueleto em uma das paredes. Eguimar foi preso pela primeira vez, também na Bahia, em 2015, mas como o mandado de prisão preventiva não chegou a tempo, ele acabou sendo liberado.
Na época, ele confessou o crime e contou como matou a mulher: dando uma “gravata” e depois três pancadas na cabeça com uma marreta. Ele disse que cometeu assassinato porque havia sido ameaçado.
Vítima havia sido dada como desaparecida
Depois que Adriana não voltou mais para casa em 2005, a família acreditava que ela tivesse ido embora. O desaparecimento foi registrado na polícia.
O comprador da residência, que encontrou a ossada enquanto fazia reformas no local, achou também uma identidade, um remédio e um cartão de banco em nome da vítima. O cartão tinha vencimento em junho de 2006, e o medicamento, de setembro de 2005.
A partir disso, a Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher (DHPM) do Espírito Santo iniciou as investigações para confirmar a identidade da vítima, por meio de uma consulta à Delegacia de Pessoas Desaparecidas, verificando os livros dos anos de 2004, 2005 e 2006.
No livro de 2005, foi encontrado um registro do desaparecimento de uma mulher, no mês abril, com o mesmo nome que estava no documento.
Uma sobrinha de Adriana, que fez o reconhecimento, disse que a tia era casada, mas mantinha um relacionamento com outra pessoa. As características repassadas por ela se assemelhavam as mesmas da pessoa que havia vendido a casa, descritas pelo comprador que encontrou a ossada. No caso, Eguimar.