O período da Ditadura no Brasil foi marcado por uma profunda repressão cultural que impactou a liberdade de expressão. Durante o regime autoritário, várias obras cinematográficas foram censuradas, gerando uma lista de filmes que, em alguns momentos, foram banidos em todo o país. Neste artigo, selecionamos oito desses filmes, suas histórias de censura e suas respectivas sinopses, proporcionando um olhar sobre como a cultura foi afetada pela repressão política.
Filmes Proibidos e suas Histórias
- O Grande Ditador (1940) – Uma sátira de Charles Chaplin ao nazismo e fascismo que foi censurada por ser considerada “comunista”. Liberado apenas em 1945, o filme apresenta a história de um barbeiro judeu que troca de identidade com o tirano Adenoid Hynkel.
- Laranja Mecânica (1971) – Dirigido por Stanley Kubrick, o filme explora a violência e a reabilitação mental, sendo liberado em 1978 com censura. Alex DeLarge, o protagonista, é um jovem envolvido em crimes brutais.
- O Massacre da Serra Elétrica (1974) – Um clássico do terror liberado em 1987, que narra a aterrorizante história de um grupo de jovens perseguido por uma família canibal. Extremamente violento, foi censurado por seu conteúdo gráfico.
- Cabra Marcado Para Morrer (1984) – Este documentário de Eduardo Coutinho foi interrompido durante as filmagens pela repressão militar e só retomado 17 anos depois, revelando o impacto na vida da família de um líder camponês assassinado.
- Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola (2017) – Comédia que teve sua exibição suspensa em 2022, mas foi liberada após uma decisão judicial. O filme critica o sistema escolar por meio das aventuras de dois estudantes.
- Eles Não Usam Black-tie (1981) – Considerado subversivo, este filme aborda as greves operárias e as lutas sociais, sendo duramente censurado durante o regime militar.
- Terra em Transe (1967) – Um retrato do caos político, o filme traz uma crítica ao regime militar e só foi liberado após modificações que incluíram a introdução de um nome fictício para um padre.
- Macunaíma (1969) – Uma crítica social repleta de humor, que acabou sofrendo cortes e adiamentos, com a proibição se estendendo até 1985.
Esses filmes não apenas refletem o contexto histórico do Brasil durante a Ditadura, mas também evidenciam o papel do cinema como uma forma de resistência cultural e crítica social, uma temática que ainda ressoa nos dias de hoje.
